quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Não se mede. Se vive.

Esses dias li num anúncio de jornal: “amor não se mede, se vive”. Pura verdade. E percebi, a cada vez que digo “eu te amo”, o quanto essa expressão não carrega nem a metade do amor que eu sinto, mesmo sem saber ao certo que tamanho ele tem. Azar. Amor não se mede.
E tampouco se explica, se traduz, se desenha.
Pois que não cabe na oratória, nem num parágrafo, nem no traço.
E o alfabeto fica curto, as cores insuficientes, o silêncio, que nada diz,
diz que o amor não cabe nele. E parece mal caber em mim, de tão infinito.
Um amor maior que as coisas do mundo, que transborda,
que se derrama por entre os dias e nos faz mergulhar
num mar de felicidade, definitivamente não se quantifica.
Se vive, no simples e no complexo, no efêmero e no eterno, no principio e no fim.

Lidy.