quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

LORENZO!

Nem bem se soube de ti
Já vieste ao mundo
Privado por alguns dias
Assim mesmo alegrando todos

Trouxe contigo novos ares, novas cores
Iluminando nossas mentes,
Arejando nossos pensamentos
Próprio de quem veio pra unir, somar

Passaste maus bocados
Junto com quem mais te ama
Isolado, sentindo apenas a energia positiva
De uma multidão que por vocês torce sempre!

Em teu pequeno leito dava exemplo de guerreiro
Lutando sempre, com garra, com coragem
Não deixando pequenas mazelas
Tomarem conta de teu corpo ainda frágil

Tua grande vitória renova nossas esperanças
Reascende nossas mais puras alegrias
Recicla nossas vidas, modifica nossos sonhos
E nos une, nos achega, nos complementa

Saudamos a ti, pela graça, pela pureza
Que só as crianças carregam
Sonhamos e almejamos que tenha
Uma vida inteira de alegrias e realizações

Torcemos pra que sejas sempre
Um dos nossos, e dos bons!
Que tenha sempre um mate bem cevado
Como tua mãe bem faz!

Que saiba produzir e escolher bons cortes pros churrascos
Com a mesma excelência do teu pai!
E mais que isso, que carregue a alegria de viver
Tão marcante e admirada nos dois!

Que saiba dosar na medida certa
Caráter, bondade e humildade
Que tenha sempre em mente
Princípios, valores e compreensão

E, é claro, que faça da vida de teus avós
Tios, primos e parentes
Um jardim de alegrias, confusões e traquinagens
Pra termos toda certeza da tua origem!

É isso que a vida te guarda, inteiramente
É esse o destino de quem nasce pra ser grande
É isso que queremos pra ti, com toda sinceridade
Por que tu é dos meus, dos nossos, Tu não "SE AFROXA”!!!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

"Boiamentos"

Do entrevero surgem as idéias
Do debate sobressaem-se os gostos
No acerto fica tudo combinado
E num instante se vai porta afora
Seguindo o rumo da feira e do mercado

Feito o rancho, com calma e altivez
Dá de volta, bem provido e carregado
Divide as despesas mais uma vez
E num piscar fica tudo ajeitado

Salga a carne, pica o tempero
Acende o fogo, esquenta o “de oliva”
Ferve a água, meio ligeiro
Pra não demorar com a comida

E segue lidando, na manha, com jeito
Atende as panelas, entre um gole e outro
Papeia com calma, organizando a cozinha
E pra dar mais cor, Shoyo e caldo de galinha

Na hora de dar o apronte da lida
Puxa dos talheres e da prataria
Arruma a mesa bem a preceito
E serve a bóia, deixando quieta a parceria

Vai sendo degustada, despacito
Entre um comentário e outro
Surgem elogios, piadas
Mas vai tudo e não sobra nada

Depois de todos bem satisfeitos
Inverte-se o processo, e recolhe-se a tarecada
Vai pra pia os sujos e lambuzados
E pra cuscada os restos e sobras até da salada

Louça limpa, chão varrido
Mesa desarrumada, cheia de copos
Destampando as garrafas, continuando
A se divertir num jeito bem nosso

Assim acontece o “boiamento”
Sempre feito na parceria
Recheado de prazer e alegria
E com gente de fundamento!