quarta-feira, 9 de julho de 2014

Fico apavorado...

Quanto oportunismo, quanto humor negro, quanta infantilidade, quanta falta de vergonha na cara de indivíduos que roeram as unhas, gritaram gol e vibraram em jogos anteriores e agora se intitulando profetas com afirmações evasivas do tipo “eu avisei...”, “eu disse”, “eu sempre soube...”, “eu tinha certeza disso...”. Mais interessante ainda são os que tentam usar o futebol para explicar as mazelas políticas e sociais do país, como se a copa fosse a causa ou a causadora deles. E, os piores do momento, são os que se intitulam “estrangeiros”. Meu sobrenome é xxxxx, então sou xxxxx (nacionalidade europeia, claro, ninguém se intitula argentino, colombiano, paraguaio nesses momentos). Como? Nasceu onde? Em que país mesmo? São, no máximo, descendentes. E muitos deles longíquos, em se tratando de grau de parentesco. Eu sou brasileiro, nasci aqui, me criei aqui e pretendo morrer sendo muito, mas muito brasileiro! Eu torci, eu queria o Hexa. E vou torcer para ganharmos o terceiro lugar, seja contra quem for. Admiro o Felipão como profissional, acho ele um exemplo, e hoje passei a admirar ainda mais pela hombridade de puxar a culpa pra si, de assumir a situação, embora em minha opinião tenhamos uma forma totalmente errada de assimilar resultados de futebol, pois em outros países os treinadores tem tempo longo para entregar resultados, vide o técnico da Alemanha, que está no cargo há oito anos, mesmo não tendo ganho NADA até o momento. Quem entra em campo são os jogadores, que na maioria das vezes não cumprem o determinado e não dão ouvido aos treinadores. Me tocou e me deixou bastante confortado a atitude do David Luiz, chorando na saída do gramado, batendo no peito, olhando para a torcida e pedindo desculpas. Isso é patriotismo, isso é vergonha na cara. Digo o mesmo do Oscar, que sentiu a derrota acachapante e chorou de dor e de vergonha. Digo o mesmo do Julio Cesar, que mesmo tendo tomado sete gols foi homem para encarar as câmeras e assumir a inferioridade técnica da equipe na partida. Não sou tapado a ponto de dizer que não houveram erros na partida, isso qualquer criança viu. O time perdeu o jogo no meio de campo, entrou mal escalado, marcou mal, se abalou com o primeiro gol e daí pra frente foi só consequência disso. Obviamente, pegamos um time organizado, determinado, com jogadores cumprindo exemplarmente cada um sua função tática. Mas daí aos corneteiros de plantão saírem metendo o pau parelho, tentando achar culpado pra isso e pra aquilo, é demais. Ouvi da imprensa do eixo RJ-SP que Felipão não é treinador para seleção, que foi um acaso ganhar em 2002, e outros disparates do tipo é dose! Se fossem pessoas de alto padrão futebolístico, ou alguém que ganhou algo realmente fabuloso no futebol, tudo bem, mas uns meias-boca tocando pau em vencedor é pra enlouquecer! Isso é oportunismo! É querer fazer nome em cima de infortúnio dos outros! Mas, há gente pra tudo e brasileiro gosta de firula, mas critica quando ela não dá certo.
Tomamos um chocolataço dos germanos hoje, lição para aprender, para usar como exemplo e repensar nosso futebol. Mas repensar o futebol mesmo! Só que isso é assunto para outro momento. Aqui e agora é refletir, analisar e tentar entender esses indivíduos que citei antes. Qual o prazer, qual o gosto de achar um bode expiatório, um “culpado”? Qual o sentido de tripudiar em cima de um cartaz internacional (seleção) e ajudar a denegrir a já decadente imagem do país no cenário internacional? Qual o sentido de se intitular membro de outra nação? Há erros enormes na forma da organização da copa, com certeza. A CBF é um antro de podridão sim! A FIFA é outro antro! Mas nossos clubes do coração, esses que torcemos até dentro do caixão, também são. O futebol em si, começando e sendo influenciado pela entidade mãe, com aquiescência e auxílio da entidade maior do país, está apodrecido. Fala mais alto a grana, o interesse financeiro e dane-se o resto! Está dessa forma e ninguém, até onde se sabe, deixou de torcer por seu time. Ninguém apontou para o governo e disse que seu time está na pior por culpa de algum político. E é esse entendimento que me falta, como podemos aceitar quando vindo do clube e bater tanto na seleção? Ela não é braço do palácio do planalto, nem do senado. Quem “faz”, por assim dizer, a seleção é a CBF, ninguém mais. Está na hora de rever nossos conceitos como torcedores e cidadãos. Boa noite e bons sonhos!
Em tempo: A padaria germânica informa: O sonho acabou! E de forma “héptica”!
E foi tão somente um jogo de futebol, nada mais... A vida continua, a ralação continua, e amanhã é dia de São Pega!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Na pelada e na Copa!

Muitas vezes me deparei com situações merecedoras de reflexões mais prolongadas. Essa sempre foi uma que achei difícil explicar, mas é algo em que acredito piamente. Não vejo como e não consigo enxergar de que forma uma pessoa possa participar de uma atividade esportiva dissociando-se totalmente de sua personalidade, seu caráter e sua índole enquanto ente social. O cara tem sua posição social, a qual compreende seu trabalho ou atividade profissional, sua família, seus amigos e companheiros de atividades extras. Aí o cara vai jogar aquele futebolzinho com a turma, e invariavelmente arruma uma baita confusão, xinga todo mundo e se bobear quer ir pra tapa com alguém. Ou o cara é aquele que sempre chega por cima da bola, dá um tostão, mete o cotovelo e sempre diz que não faz falta. Ou pior, o cara divide, bate por último na bola e banca o ofendido porque o lateral ficou pro outro time. Tem outros, do tipo que estragam a pelada porque não tocam a bola (os populares “fominhas”), ou os que não marcam ninguém, nunca, mas vivem reclamando se não recebem a bola. Isso para ficar em um exemplo somente, o da pelada com a galera. O que quero dizer é que, se o cara tem essas atitudes, são traços de personalidade que estão aparecendo na prática esportiva. Tem os que só querem levar vantagem, os que não aceitam perder, os que se julgam melhor que os outros, e por aí vai... Porém, de todos esses, os que mais me deixam estupefatos são os que não têm hombridade para assumir-se, mesmo tendo certeza e sabendo que são maldosos, agem de má fé, sabem que vão machucar e não se importam com as consequências disto. E tem uns quantos por aí. Em meus tempos de peladeiro volta e meia me deparava com um palhaço desses no campo. Sempre fui franco e direto, e quem me conhece sabe disso. Dava o aviso já na primeira: Se tentar fazer de novo não vai gostar da consequência. Antes que me julguem, aviso antecipadamente que nunca machuquei ninguém, e nem era (e não sou) afeito a revides. Mas penso que machucar alguém por simples inconsequência ou por maldade assumida mesmo é atitude repudiante, e pior que isso é não ter vergonha na cara e peito pra assumir. Isso me deixa indignado. Todo mundo viu, todo mundo presenciou e o elemento vem com discurso de que não era isso que quis fazer, que não fez por mal, pede desculpas e blábláblá. Mas vai se catar. Para de jogar bola. Vai procurar tratamento psicológico, marginal enrustido. E é exatamente isso que penso a respeito do colombiano Zuñiga. Obviamente, guardadas as proporções e diferenças entre uma partida de copa do mundo e uma pelada. Mas foi exatamente o que ele fez e está fazendo. Bateu sabendo que estava batendo e agora diz que não queria isso, que não fez por mal e coisa e tal. Quebrou um e poderia ter quebrado outro anteriormente, quando deu com a sola da chuteira no joelho, sem visar a bola. Lugar de marginal é na cadeia e não no campo de futebol. E, pra piorar, o próprio elemento ficou meses afastado por lesão, por pouco não fica fora da copa e faz um papelão desses? Tratamento psicológico amigo. Intenso! E punição, justa e de acordo com o mal cometido. Não gosto desse tipo de atleta, que bate e acha que isso é correto ou bate e quer fazer todo mundo acreditar que não bateu. Isso é falta de caráter e de vergonha na cara. Por isso não gosto do Dinho, não gosto do Ruan, não gosto do Zanetti, do Heinze, do Marcelinho Carioca, do Richarlyson, do Danrlei, do Fabrício e de vários outros. Jogador de futebol é referência pra criançada, é exemplo pra juventude, tem que ter consciência, no mínimo. Só que isso pode ser querer demais... Enfim, lugar de bater em alguém é no ringue, no octógono, no tatame e lugares do gênero, onde o adversário tá lá disposto a tomar pancada. Só que lá é pra cara durão de verdade, porque vai ter revide, sempre que o oponente puder e conseguir!