domingo, 31 de dezembro de 2023

2024

 Novo ano, novo ciclo, novos rumos, novas realizações, novas situações, novos desafios, novos aprendizados, novos ensinamentos, novas possibilidades. Tudo novo. De novo! E se não for assim? Se na realidade, for tudo como antes? E se for apenas a repetência dos fatos? Se for o girar do globo nos fazendo revisitar as nossas mesmas situações, nos trazendo provações? E se for a vida, retornando seus ciclos, nos fazendo comprovar aprendizados e dando oportunidades para que possamos fixar ensinamentos, internalizar nossas verdades e entender nossas sombras. Mais uma vez, teremos um mínimo de 365 oportunidades de ser melhores, de encarar nossos fantasmas, de resolver nossas pendências individuais e intransferíveis. De sermos melhores, de evoluirmos, de progredirmos. De prosperarmos, de transcendermos. Assim é a vida e seus ciclos. Uns mais curtos, outros mais longos. Uns mais intensos, outros menos. Uns mais leves, outros mais pesados. Fato. E assim vamos indo. Ciclando e reciclando. Aprendendo e provando. Ensinando e nos avaliando. Que o 2024 seja conforme cada um mereça. Como sempre, dentro da sua luz e intensidade, dentro dos feitos e ações. Conforme escolhas e consequências. Dentre nossas sabedorias, inteligências e emoções. E que seja maravilhoso, lindo e realizador. É mais um entre tantos, e mesmo assim, é e sempre será, único e de cada um! Grande e fraterno abraço a todos! Vamo que vamo!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Caronas inusitadas

Olho para o celular, como de costume nos últimos tempos, pois tem sido minha rotina de viver a solitude. Percebo uma mensagem no direct. Fico um tanto curioso e um tanto surpreso, pois não é algo corriqueiro de se acontecer. Leio, releio, entendo, me intero do assunto e respondo. Pessoa quer ir à terreira. Missão de quem desenvolve a espiritualidade. Levo com o maior prazer e alegria. É uma honra ser lembrado e contatado para tanto. Carona acertada, horário marcado. Local agendado. Cumpro o prometido. Com pontualidade britânica (ou quase), chego ao ponto determinado. A pessoa é um charme só, além de ser uma excelente companhia (e uma mulher linda no seu todo, não só na aparência). Confesso que estava apreensivo em relação a situação, porém, não sou de “me achicar” para os fatos. A viagem de ida transcorre tão tranquilamente que nem percebemos o tempo passar, dado ao papo aberto, sincero e transparente. Chegamos. Nossa primeira parada é na casa dos meus pais. Preciso trocar as vestimentas, devido ao trabalho ser diferenciado, pois é entrega de ano. Ela se desmancha em explicações e desculpas por ter chamado, por ter pedido carona e tal. Eu só tenho vontade de rir da situação, pois para nós, médiuns, isso é algo normal. Mas entendo ela. Pessoa séria, de índole, família e valores. Tem filhas, é trabalhadora e responsável. Está se sentindo desconfortável pelo inusitado da situação. O calor é insuportável. Mesmo com a noite chegando, a temperatura está acima dos 35º. Não há maneira de parar de suar, não há maneira de se refrescar. Devidamente uniformizados, como sempre, vamos a terreira. Lá, a situação piora, pois há velas acesas, e uma crescente aglomeração de pessoas. O calor nos consome, nos abraça. Faz parte. Cerimônia de entrega de ano é assim. Após destilar horrores de água pelos poros, suar em bicas com os trabalhos das entidades, cerimônia finalizada com sucesso e beirando a perfeição. Sensação de paz, alívio e serenidade pelo dever cumprido. Retornamos ao parador, para que eu possa novamente trocar as vestimentas, depois de uma justo e revigorador banho. Numa upa, iniciamos a viagem de retorno. Mais uma vez, a conversa flui ao natural, o papo segue sendo intenso, e os assuntos são em comum, facilitando a troca de informações e opiniões. A pessoa é extremamente agradável. É parceira e companheira. Como disse, é um prazer, uma alegria e uma satisfação poder contar com alguém para dividir o tempo dessas idas e vindas, pois sempre faço isso sozinho. E invariavelmente sou tomado pelo tédio. Principalmente nos retornos. A companhia dela me deu um motivo para colocar um sorriso sincero no rosto. Nem lembro (que feio!) se já lhe agradeci. Se não, muito obrigado! De coração! Espero que possamos dividir o trajeto e o espaço mais vezes em outras oportunidades. Será sempre muito bem vinda! Pessoas de alma limpa e coração verdadeiro sempre nos fazem bem, mesmo não estando em suas melhores fases. E claro, conte comigo sempre que quiser ou precisar. Sabe onde e como me encontrar. Só chamar lindona!

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Tirão de apostas

Não aposte hermano! Não aposte! Jamais jogue alto no jogo da vida. Se tem um conselho que posso dar e tem valor, é esse. Não meta o cavalo no touro se não tiver os pés bem calçados no estrivo, e o cavalo não for pechador. Se não tiver a certeza da carreira, não tope e não bote a parada. A perda faz com que se amargue o gosto do mate. Levará dias e dias amargando. O fel do sorver da bomba vem forte, e nada fará com que isso mude do dia pra noite. Não são somas, não são bens. São sentimentos. O jogo da vida nos cobra no ato. Nos toma alguns dos mais valiosos bens intangíveis que temos. Nosso tempo e nosso sentimento. Nos deixa mascando o bridão de corrente, salivando a tristeza, babando a espuma do desconsolo. O bocal bem atado faz o beiço sangrar com o golpe, e a cicatriz custa a fechar.  Seguiremos troteando na volta, batendo a poeira da estrada com os cascos, pois é o que de melhor podemos fazer. Porém, mais encruados, mais duros de queixo, mais duros de lombo, sem buscar amanunseio, sem afrouxar o cogote. A dor redomoneia, faz o taura não querer mais arreio. Incha o lombo e cosqueia a costela. Quiçá aceitar rabicho. O laçaço faz riscar o couro. Ficam as marcas para contar a história. E somos exatamente isso. As marcas que trazemos, dos golpes que levamos. Como buenos de alma, andamos manso, nos achegamos, emparelhamos e fazemos costado. Tipo os bem costeados do bico, oferecemos mansidão, docilidade, servidão e lealdade. Não serve, é muito simples, é muito fácil, é muito pouco. Adoram, dizem suas palavras. Não gostam tanto, dizem seus atos. Enquanto falam com calor, agem despidos de amor. Preferem e se vão a montar n’outros, mais vis de nuca, mais velhacos de lombo. Aqueles que saem alvissareiros de início, e com o pesar da cavalgada, vendem os arreios e derrubam sem dó. Preferem aqueles que o tombo já lhes machucou. Aqueles dos quais querem cair novamente. Precisam, provavelmente. Para provar que sim. Ou para provar que não. Não sabemos. Fato é, que os que assistem a teimosia em remontar, entendem que pode ser o certo, pois sempre há nova chance. Calamitoso ensinamento velado. Quem amparará depois? Quem conseguirá demover com palavras o que os exemplos ensinaram? Derrubarão ou cairão? Mentes são mistérios indecifráveis para a ciência, para a espiritualidade, para a humanidade. Animais agem por instinto. Pessoas por que querem. Pela razão, pela emoção, pela insensatez, pelo medo. Por um misto de tudo. Nunca saberemos. Na vida, há emoções que precisam ser vividas. Há algumas que são incomparáveis, como o amor. Há outras que são totalmente dispensáveis, como os dissabores do rompimento. Quando o tirão arrebenta o laço, sobra dois pedaços, um inservível, outro encurtado. Na vida, é similar. Sobra um pra cada lado, e necessitando se refazer os dois. Como somos “mais nós”, nos iludimos achando que mudaremos a natureza de cada um, e isso hermanos, não se muda. Quem é malo, por malo morre. Quem é bueno, por bueno morre. Alguns driblam a natureza durante a vivência. Tentam esconder sua essência, mas a vida não aceita por muito tempo. Sempre dá um jeito de desvelar nossas verdades. A vida é simples. Nós é que complicamos. Apostamos contra a vida. Nos perdemos dentro de nós mesmos. Nos enganamos sozinhos. Nos iludimos por conta própria. Nessa aposta sempre perdemos. E o resultado é esse. Tombo. Golpe. Laçaço. E vamos amealhando marcas na caminhada, para compor nossa existência. Bom que, mesmo diante dos mais ardidos açoites, dos mais fortes tombos, não nos permitimos mudar nossa natureza. Seguimos por buenos, pois por buenos nascemos e por buenos morreremos. Simples assim!  

domingo, 24 de dezembro de 2023

Mais um

Mais um. Entre tantos e em tantos anos, mais um. Tempo de renovar esperança, de rever caminhada, de refazer caminhos, de reafirmar votos. Dizem que precisamos, que é bom e salutar. Concordo. Mas, e se fizermos diferente? Se partirmos para uma reflexão um pouco mais profunda? Se nos questionarmos sobre tudo até aqui? Se nos impusermos a pensar no que fizemos, realizamos e construímos? E buscarmos aprendizado com o que não aconteceu, não realizou-se e não acertamos? Como se diz, há pessoas com os quais muitos de nós estaremos hoje, que morreríamos por elas. Sem pensar. Sem pestanejar. No ato. De imediato. Algo comum quando há amor profundo e verdadeiro envolvido. A questão é: E vivemos por essas pessoas? Damos nosso melhor para elas? Nos impomos a dedicar tempo de qualidade, paciência, abnegação? Doamos amor incondicional? Ou retemos ele em nosso interior, para lançar mão em momentos e situações que julgamos rasamente serem "as horas certas?" Pensemos nisso. Pensemos em como agimos e vivemos até então. Refletir acerca pode ser um ótimo caminho. Pode ser a chance de descobrirmos que sim, que um Feliz Natal pode partir de nós para nós mesmos. Bem como desejamos para todos a nossa volta, para todos amigos, familiares, parceiros, clientes e companheiros de luta e lida. Que o desejo de um dia cheio de coisas boas pode ser real, quando desejado por nós e pra nós também. Ame-se, cuide-se, presenteie-se. Você também é importante, embora temos dificuldade em compreender em relação a nós mesmos. Enternecemos, amolecemos o coração nesses dias. Tendemos a ter atitudes emotivas, em detrimento da razão. Nada errado e nem incomum. Somente estarmos alerta para não incorrermos em erros crassos, que nos deixem pagando por longo tempo. De resto, sendo bom e fazendo o bem pra si e pros demais, tá valendo. Esteja bem. Fique em paz consigo, para poder transmitir paz aos demais. Excelente Natal! Muita luz, muita paz, muita sabedoria e discernimento para o dia, para a data, para o momento. "Aquele" abraço, bem apertado e carregado de apreço e afeto, pra todos