domingo, 21 de setembro de 2014

É Clara!

Quem já recebeu uma flor sabe o quanto este ato toca o coração de uma pessoa. E quem recebeu essa flor nos braços, com sua delicadeza e fragilidade inseridas na beleza sabe bem que as lágrimas que lhe regam o rosto brotam do mais puro e sincero amor existente. Amor de quem traz pra si a responsabilidade de criar e educar. Amor que te faz mudar, se reinventar, ser melhor. Receber um anjo nos braços é glorificante, engrandecedor. É a vida estendendo oportunidades de aprendizado no lar, no seio familiar. Eis o grande ensinamento travestido de tarefa que recebemos nesses momentos: Criar filhos para que possam ser melhores que nós, para que possam melhorar o mundo à sua volta. Veio para trazer luz às nossas mentes, para iluminar nossos pensamentos, tornar límpidas nossas ideias. Veio para completar um ciclo, adicionar mais um elo à corrente. Chega para ampliar a chama, para engrossar as labaredas do fogo da vida. É Clara para que nos ilumine, nos proporcione brancura de alma, transparência de espírito, mansidão de coração. É Clara por que traz a luz necessária para que tenhamos o discernimento de aceitar a necessidade que temos de ampliarmos e absorvermos os ensinamentos da vida. É Clara como o sorriso da Mãe que te olha com acalanto e doçura, amor e paixão! É Clara por que veio, é Clara por que está! É Clara! É Clara porque Te Amamos! Demais!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Demais Nunca é Bom...

O momento tem sido de hiperexposição midiática a fim de chamar todos os holofotes possíveis para assuntos de tolerância e preconceito. Mais precisamente sobre negros e gays. Preconceitos e discriminação existem, são mazelas sociais, tem efeitos maléficos e dolorosos para quem os sofre. E estão longe de acabar. Porém, da forma descompromissada, fútil e infantil como vem sendo tratada pela mídia e por seus influenciáveis, tende a piorar. Cito exemplos: Usaram uma menina de bode expiatório para um caso de ofensa. Detonaram a vida dela, como se ela tivesse sido a única em todo um estádio a insultar um jogador em campo. E, diga-se de passagem, o tal jogador foi tão ou mais preconceituoso ao taxar toda a população de um estado como racista e facciosa. Se bem que não pode se esperar muito dessa honrosa classe trabalhadora. No momento se discute a questão da realização de um casamento conjunto nas dependências de um CTG onde um dos casais é gay. Louvável atitude a de auxiliar a união de pessoas que se querem bem e pretendem estender este amor por toda a vida. Que alcancem seu intento e sejam abençoados por isso. Porém, CTG é um local com uma carta de princípios, onde se segue um padrão tradicionalista. E dentre eles está a tradição familiar costumeira, ou seja, Pai, Mãe. Sem Mãe e Mãe e sem Pai e Pai. Simples assim. Se é errado queimar o CTG por causa disso? Óbvio! Mas, entendam, isso é uma afronta aos associados da entidade. Uma provocação. Colerizados pela arbitrariedade da juíza que ordenou a realização do casamento em suas dependências cometeram um erro. Grave. E devem ser punidos pelo que fizeram. Um erro não justifica o outro, seja ele como for. Sem essa de homofobia, intolerância, preconceito. Cada um no seu quadrado. Cada coisa no seu lugar. Ou teremos bateria de escola de samba tocando em funeral de chefe de estado? Baile funk na assembleia legislativa? Culto islâmico em Igreja Católica? Bumba meu Boi em culto Evangélico? Timbalada na ópera? Cada coisa no seu lugar, cada um com seu cada qual, como ensinava minha avó. Toda situação tem limites. Isso se chama respeito. Meu direito termina onde começa o do próximo. Na real, a coisa toda tá ficando forçada. Ou você curte os gays ou é preconceituoso e homofóbico. Por quê? Não posso simplesmente aceitar, conviver e tudo bem? Tenho que achar bonito, apoiar e incentivar? Não! To fora! Não curto, não apoio, e não incentivo! Quer? Vai fundo, assume e aguenta a barra. Não vou deixar de ser amigo, de conviver e tudo o mais, mas não vou erguer bandeira. Sou homofóbico por isso? Sou preconceituoso por agir assim? Pensem como quiserem. Eu sou assim. Respeito minha gente, é isso que tá faltando. Se quiserem ser respeitados, precisam respeitar. Conheço vários casais gays que nunca tiveram problema de relacionamento algum. Exatamente por saberem manter o respeito com todos. A situação já é diferente em relação aos negros. Não fizeram nada de desrespeitoso a ninguém, e em muitos casos são ofendidos só por existirem. Mas também tem muita coisa forçada aí. Há anos atrás presenciei uma situação que ilustra bem o caso. Os caras são amigos, se conhecem de longa data, tão sempre tirando um com o outro, até que numa dessas, no meio da rua vão os dois, naquela gozação, e um solta: - Aí Negrão, tirando onda com a loirinha! Ao que o pedestre que vinha em sentido contrário, nem branco, nem negro, diga-se de passagem, ataca o destinatário da mensagem o segurando pelo braço e vocifera de dedo em riste: “- Você não pode aceitar esse comportamento racista! Não deixe que te diminuam por ser negro! Dê um basta nisso!” Ao que o rapaz solta seu braço da mão do pedestre e explica calmamente: “- Ele não está me ofendendo. Ele é meu amigo, a gente está brincando. E eu sou negrão mesmo, que mal tem ele me chamar assim?” Bastou para o pedestre se enfurecer e insultar o rapaz: “- Fica acobertando esses racistas e você vai se dar mal, seu f*******”. É o que digo, cada coisa no seu lugar, cada situação em seu contexto. Não que não seja um mal a ser combatido, uma grande luta a ser vencida, muito pelo contrário. O que temos que fazer é entender como cada situação se desenvolve, como cada ato se gera e qual seu resultado ou sua consequência. A base de tudo se chama respeito. Igualdade se origina daí. Só chegaremos a um nível satisfatório de igualdade se carregarmos e utilizarmos em nossa vivência do dia a dia o respeito como premissa básica. Em todos os aspectos. Simples assim! Aí não teremos CTG’s queimados, associados insultados, negros oprimidos e nem brancos opressores. Seremos todos cidadãos que convivem e respeitam os limites de cada um. Mas até isso se tornar minimamente possível, vamos dialogando, sempre surge efeito! Isso sem falar em bullying, que virou modinha de uns tempos pra cá. Como se ninguém nunca tivesse sido alvo de chacota quando criança e adolescente. Brincadeiras “sem noção” são normais nessa fase da vida, e na maioria dos casos quem é “zoado” hoje ajuda a “zoar” amanhã. É assim e é normal, faz parte da vida em grupo. O que não podemos é maximizar todas as situações. Hostilidade, agressividade e isolamento dos demais sim, tem que ser tratado diferente e com rapidez e eficácia. As demais brincadeiras e seus desdobramentos são normais, corriqueiras e irão continuar acontecendo. Simples assim!