sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Finda-se

Mais um ano se finda, como tantos outros se findaram, e outros muitos ainda findarão. E nós, o que fizemos nesse tempo que nos foi concedido? Qual o rol de realizações que trazemos? O balanço final da página 23 do século 21 é positivo ou negativo? Ou nulo? Quais os ensinamentos aprendidos? Quais as oportunidades criadas? Quais as lições internalizadas? Saímos melhores? Crescemos? Ou tudo fica para “a próxima”? Que me dizem? Particularmente, entendo ter aprendido bastante esse ano, tanto no profissional, quanto no pessoal, emocional e afetivo. Tive lições de vida ímpares! Conheci pessoas fantásticas! Estive em lugares fenomenais (e olha que viajo pouco). Fiz um bom tanto do que gosto, retomei algumas rotinas, coloquei em curso planos antigos. E claro, revi pessoas pelas quais tenho os melhores sentimentos possíveis! Não foram todos, mas contabilizamos carinhosamente as possibilidades utilizadas! E, melhor de tudo, muito do que fiz e como fiz, fiz junto dos meus, com os meus. Nisso reside os verdadeiros valores de tudo! São as melhores situações e momentos a serem vivenciados. E, claro, temos a perspectiva de recriá-los. É sensacional! Ainda analisando o contexto total, perdemos algumas personalidades a nível de país que deixam nossa sociedade um pouco menos gentil e perspicaz. Jô Soares e Jabor tinham o dom de nos oferecer o seu tempo em troca do nosso, e sairmos sempre com boas sensações após esses encontros via tela. Perdemos também o cara que alavancou o nome Brasil mundo afora. Pelé foi o maior embaixador que o país já teve. Gostemos ou não, concordemos ou não. Se haverá outro maior, o tempo irá nos dizer, por hora, não existiu e não existe. E claro, tivemos nossos dissabores, os quais não valem menção, pois em nada agregariam ao momento, embora muito irão nos ensinar ao longo do tempo. Porém, fatos negativos alheios a nossa gestão e vontade, nos cabe apenas avaliar. Ponto. Vamos agir, tanto física quanto psicologicamente, a fim de não deixar as ações dos maus nos abater. Vamos nos fixar no que podemos modificar e melhorar. No que nos faz bem e também faz bem aos que nos rodeiam. Abracemos mais, beijemos mais, agradecemos mais, nos encontremos mais, nos solidarizemos mais, perdoemos mais. Sejamos mais “ser” e menos “ter”. Sejamos mais “nós” e menos “eu”. Sigamos construindo e tendo ótimos motivos para seguir a vida numa boa, com positividade, alegria, fé e esperança. Que a gratidão e o perdão, juntamente com a fé, nos norteie os passos e sejam nossos guias. Que 2023 nos traga mais 365 motivos para sorrir, abraçar, beijar, elogiar, para sermos felizes, para melhorarmos nossas próprias versões e iluminarmos o mundo, cada um com seu brilho! Feliz ano novo minha gente querida! "Vamo que vamo"!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

As tais mensagens!

 Fiquei um tanto encucado com uma afirmação de um amigo: “- As mensagens e felicitações de Natal são sempre as mesmas...” E são mesmo. Na hora não respondi e nem me importei em debater a respeito, pois é ideia do emissor, daquele momento e da particularidade dele. Agora, decorrido um tempo, penso que poderia tê-lo feito, porém, naquele instante, de nada adiantaria, pois a afirmação é verdadeira e real. As felicitações são as mesmas e tem pouca ou nenhuma variação, se levarmos em conta suas combinações e usos. E nem poderiam, pois dizem respeito a um momento único dentro de cada ano. Natal. Salvos algumas raras exceções, somos ensinados em casa e pela própria sociedade que o Natal é momento de celebrar e confraternizar com os que nos são caros. Família, amigos, chegados. Celebrar tudo que se vivenciou desde o último encontro, com suas desventuras, frustrações, equívocos, erros e dificuldades. Pois fazem parte dos acontecimentos e seus resultados nos trazem ensinamentos, desde que nos importemos com isso. Celebrar a bem-aventurança, a prosperidade, a saúde, a fartura, faz parte. E é mais fácil, pois o que é bom traz alegria. E à isso tudo, lembremos de agradecer! Pois cá estamos e seguimos, fechando antigos, e abrindo novos ciclos, para que a vida siga seu curso, conforme façamos por merecer através de nossos plantios. Pois há uma ordem sentenciadora na vida que não há como fugir: Primeiro plantar, depois colher. Nada nem ninguém muda isso. Talvez Deus, se isso lhe for interessante. Parece, até o momento, que não é, pois esse é um dos principais ensinamentos que nos oferece. Sem merecimento, sem plantio, não há colheita. Querer colher o que não plantou é desmerecido, é furto, seja ele material, intelectual, emocional ou da forma que for. E é aqui que entra as felicitações de natal iguais. Desejamos aos outros coisas boas, bons sentimentos, bons momentos, enfim, tudo o que pode ser positivo e benéfico para quem recebe nosso carinho em forma de mensagem, seja ela verbal, digital ou escrita (à mão). Por isso mesmo, afirmo: Não há como ser diferente. O que mais podemos desejar e transmitir em momentos assim, que não coisas boas e pródigas aos nossos queridos? Até mesmo aos desconhecidos, pois todos merecem ser e estar bem! Apenas um lembrete válido: Deseje da boca para dentro o que profere da boca para fora, pois caso contrário, é hipocrisia, falsidade e enganação. E Deus tá vendo! Pode ter certeza disso (plantio - colheita, lembra?) Não abrace se não tiver vontade ou se não se sentir confortável com isso. Não profira palavras que não lhe façam bem ao falar. Não vá a ambientes onde não deseja. E fique tranquilo e leve com isso, pois é imensamente melhor se ausentar ou não se fazer presente, tanto física quanto espiritualmente, à ficar de enfeite em um ambiente que lhe traz ou lhe faz desagrado. Talvez não seja compreendido, talvez lhe questionem, talvez lhe julguem por isso. Mantenha a paz e siga. A vida é somente de quem vive e de ninguém mais. Por outro lado, o oposto é real e faz bem. Abrace, beije, sorria, curta o momento. Pois é breve e não tem retorno. Brinque, pule, fale. Dance, cante, gargalhe. Deseje tudo de bom, feliz natal, amor, paz, saúde, grana, realização, e o que mais tiver vontade, o que mais for bom. Vale muito à pena e faz um bem danado! Afinal, somos feitos para amar, nas mais diversas formas, dos mais diversos jeitos, e sem moderação! Por isso mesmo, deixo para reflexão de todos: Estes momentos existem justamente para que possamos exercitar o perdão, a misericórdia, a aceitação. Isso nos alivia a carga, nos despe o espírito e limpa a alma. Junte tudo isso, assimile, internalize no seu ser, respire fundo, verta em lágrimas se preciso for. Faça escorrer nos poros essa libertação transformadora, deixando brotar amor e paz, e deseje do fundo do coração: “- Feliz Natal pra todo mundo!”

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Seguiremos

 Somos Brasileiros e queremos o bem de todos! Embora seja impossível imaginar o bem tendo como presidente uma pessoa que não cumpriu e nem pagou suas contas com a justiça brasileira.  Conseguiu concorrer somente por ser macomunado com a suprema corte, que por sua vez, pela primeira vez na história recente do País, demonstrou ter lado político explicitamente. E, para piorar, é comandada por um inescrupuloso e megalômano bandido. Nós, brasileiros comuns, gracejantes do panteão dos invisíveis, seguiremos trabalhando e mantendo a crença que roubar é errado, e assim ensinaremos nossos filhos, mesmo tendo um presidente ladrão. Seguiremos incentivando o estudo e a obtenção de conhecimento, mesmo tendo um presidente que se vangloria da ignorância e faz apologia à burrice. Seguiremos combatendo criminosos e traficantes, mesmo que o presidente seja e esteja com eles. Seguiremos crendo que o crime não compensa, mesmo que metade dos cidadãos do País entendam o contrário. Seguiremos lutando e batalhando contra o sindicalismo estrutural, que se apropria de classes e as explora, escondidos atrás de leis nefastas. Seguiremos lutando contra a invasão e apropriação à força de propriedades e patrimônios, mesmo vendo e presenciando hordas promovendo atos hostis e covardes. Seguiremos sendo subjugados pelos banqueiros com a imposição de taxas endossadas pelo governo. Seguiremos alimentando com gordas verbas, artistas sem talento e sem moral, que sem isso não lotam uma moto para verem seus espetáculos. Seguiremos buscando as oportunidades de empreendedorismo e crescimento que esses inclassificáveis  nos tolhem, abrindo-as somente para os seus fiéis e “visionários” seguidores. Seguiremos, vendo as universidades públicas sendo aparelhadas por afinidades partidárias e ideológicas, transformando as coordenadorias e reitorias em diretórios ferrenhos de esquerda, onde quem não concorda e transmite suas cartilhas, é inimigo e é extirpado dos quadros, tanto docente, quanto discente. Seguiremos, vendo a polícia ser tratada como bandido, e bandido sendo acariciado pelo estado. Seguiremos presenciando aclamações públicas e buscando proximidades com ditaduras, financiando-as com o dinheiro do povo, é claro. Em especial nas américas, onde os déspotas, ou matam, tanto de fome como por ódio, ou expulsam suas “populações originárias” que tanto dizem defender. Seguiremos vendo a criminalidade imperar, amparada num presidente que afirma que “roubar apenas um celular não deve ser motivo de reação”. Seguiremos vendo a impunidade ser festejada, fazendo troça junto aos cidadãos. Seguiremos combatendo a imposição de ideologias pútridas com a roupagem distorcida de inclusão. Inclusão se faz com respeito, diálogo e ações conjuntas, algo imensamente distante da forma impositiva que se realizam as ações pelos comunistas. Seguiremos trabalhando para que suguem nossos parcos rendimentos a fim de financiarem suas benesses. A narrativa é “o amor venceu”. Amor? Que tipo de amor? Qual a conotação que dão ao amor? Qual a banalização nefasta que pretendem fazer do sentimento maior da humanidade? Amor ao que? Ao roubo institucionalizado? Ao conluio estrutural? Amor ao ócio improdutivo? Amor ao assistencialismo que corrói a alma e a capacidade pensante do ser? Amor a vagabundagem como lema? Menos! Bem menos! A comemoração da vitória do mestre da covardia e dissimulação se deu nas ruas, nas favelas do tráfico, nos presídios e assemelhados. Não se viu empresas, empresários, empreendedores comemorando em massa. Isso diz muito. Isso aponta os rumos que teremos nos próximos anos. Voltaremos a financiar com o nosso suor a indústria da vadiagem. Voltaremos a ser saqueados sorrateiramente, sobre nossas vistas, em prol dos “amigos do rei”. Mas vai estar tudo bem, pois a rede globo estará contente e continuará manipulando a opinião de quem não se digna a pensar por si. Contudo, afora essas questões, o que realmente me incomoda no âmbito pessoal, é minha decepção completa e sincera com alguns dos que admirei e tive como exemplos de pessoas pensantes durante boa parte da vida. Familiares, inclusive. Rasgaram a própria biografia, mancharam o próprio currículo, desonraram a memória e luta de seus antepassados, levando adiante uma ideia prescrita pelos próprios umbigos, onde a premissa se dá pelo: “Não gosto”, “Não acho legal”, “Tenho nojo”, entre outros “fortes argumentos”. Não foram capazes de ampliar a visão e fazer uma análise macro do contexto atual, embasando a escolha de forma rasa. Por pura e total exacerbação do egocentrismo, atiram o país e a sociedade novamente no lamaçal da impunidade e da roubalheira, da dissimulação e migalhas, pouco se importando com quem vai junto. Dolorido, difícil... Mas, é o que está posto. É o que temos. Desconstruir os próprios exemplos, trabalhar as frustrações, buscar se reciclar, se mantendo em pé, é uma ação morosa e depende de tempo. Como disse anteriormente, seguimos. Amparados na fé e buscando força interior para lutar! Pois Graças à Deus, somos capazes de seguir! E deixo bem claro: Eu NÃO SOU representado por VAGABUNDO como esse! E faço uma ressalva: Na boca de quem não vale nada, quem é bom perde o valor!

segunda-feira, 6 de junho de 2022

De tento Firme

A vida é assim, o destino nos dobra,
Surra, espedaça, arrebenta e assola,
Esparrama os pedaços, mas deixa a cola
Por vezes, também nos zomba e nos cobra

São os desígnios do senhor tempo,
Trazendo no arrasto suas lembranças,
Que se esvoaçam junto as andanças
Andarilhando ao léu, junto ao vento

Umas muito boas, outras nem tanto
Rever os fatos e mirar adiante
Recobrar forças e seguir em frente
Ganhando afagos, pra seu conforto

Se entregar ao colo de sua gente
Amansar a alma, fazendo a vida
Não cansar do frenesi dessa corrida
Escrever sua história, somente

Se oculta a verdadeira beleza
Atrás do infame e real existir
E nesse jogo bruto do ir e vir
Edifica, despacito, sua fortaleza

Segue sendo mulher e linda
Continua atraindo olhares sérios
Ocultando encantos e mistérios
Em sua profundidade infinda

Seus olhos exalam doçura
Se protege em sua forjada casca
E nela, quase ninguém tasca
Embora a silhueta incite loucura

Tem seus medos, trabalha seus receios
Enfrenta suas angústias, trava sua luta
Não deixa impune uma salutar disputa
Consegue bem dominar seus anseios

O olhar entrega mais que se vê
Pra quem olhar de outra maneira
Enxerga ali, mulher companheira
Embora fomente e goste d’um auê

É nossa fuga inconsciente
Que permeia nossa existência
Nutre e espanta nossa carência
E nos queda, sempre paciente

Seu sorriso lindo contagia
Sua presença é sempre querida
Prenche os locais de vida
Perfuma o ambiente com alegria

É "solta das patas" com amigas
Mestra em curtir bons momentos
Séria em seus pensamentos
Suas atitudes, alguns intriga...

Trabalha sempre com afinco
Se empenha na lida, sem fricote
Prenda do tipo, de alma forte
Sem rudez, pinta unha e usa brinco

É uma gringa, com toda certeza
Traz fibra, tenacidade e altivez
É sua marca, e marca toda vez
Que os encontros se põem à mesa

Segue tranquila o caminho, mulheraço
Se a "esquina da vida" te estremece
É porque muita coisa boa ainda merece
E pra isso, a vida sempre deixa espaço!