Esses dias li num anúncio de jornal: “amor não se mede, se vive”. Pura verdade. E percebi, a cada vez que digo “eu te amo”, o quanto essa expressão não carrega nem a metade do amor que eu sinto, mesmo sem saber ao certo que tamanho ele tem. Azar. Amor não se mede.E tampouco se explica, se traduz, se desenha.
Pois que não cabe na oratória, nem num parágrafo, nem no traço.
E o alfabeto fica curto, as cores insuficientes, o silêncio, que nada diz,
diz que o amor não cabe nele. E parece mal caber em mim, de tão infinito.
Um amor maior que as coisas do mundo, que transborda,
que se derrama por entre os dias e nos faz mergulhar
num mar de felicidade, definitivamente não se quantifica.
Se vive, no simples e no complexo, no efêmero e no eterno, no principio e no fim.
Lidy.