quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

"Boiamentos"

Do entrevero surgem as idéias
Do debate sobressaem-se os gostos
No acerto fica tudo combinado
E num instante se vai porta afora
Seguindo o rumo da feira e do mercado

Feito o rancho, com calma e altivez
Dá de volta, bem provido e carregado
Divide as despesas mais uma vez
E num piscar fica tudo ajeitado

Salga a carne, pica o tempero
Acende o fogo, esquenta o “de oliva”
Ferve a água, meio ligeiro
Pra não demorar com a comida

E segue lidando, na manha, com jeito
Atende as panelas, entre um gole e outro
Papeia com calma, organizando a cozinha
E pra dar mais cor, Shoyo e caldo de galinha

Na hora de dar o apronte da lida
Puxa dos talheres e da prataria
Arruma a mesa bem a preceito
E serve a bóia, deixando quieta a parceria

Vai sendo degustada, despacito
Entre um comentário e outro
Surgem elogios, piadas
Mas vai tudo e não sobra nada

Depois de todos bem satisfeitos
Inverte-se o processo, e recolhe-se a tarecada
Vai pra pia os sujos e lambuzados
E pra cuscada os restos e sobras até da salada

Louça limpa, chão varrido
Mesa desarrumada, cheia de copos
Destampando as garrafas, continuando
A se divertir num jeito bem nosso

Assim acontece o “boiamento”
Sempre feito na parceria
Recheado de prazer e alegria
E com gente de fundamento!

1 comentários:

Anônimo disse...

Na última realmente não demorou