segunda-feira, 7 de julho de 2014

Na pelada e na Copa!

Muitas vezes me deparei com situações merecedoras de reflexões mais prolongadas. Essa sempre foi uma que achei difícil explicar, mas é algo em que acredito piamente. Não vejo como e não consigo enxergar de que forma uma pessoa possa participar de uma atividade esportiva dissociando-se totalmente de sua personalidade, seu caráter e sua índole enquanto ente social. O cara tem sua posição social, a qual compreende seu trabalho ou atividade profissional, sua família, seus amigos e companheiros de atividades extras. Aí o cara vai jogar aquele futebolzinho com a turma, e invariavelmente arruma uma baita confusão, xinga todo mundo e se bobear quer ir pra tapa com alguém. Ou o cara é aquele que sempre chega por cima da bola, dá um tostão, mete o cotovelo e sempre diz que não faz falta. Ou pior, o cara divide, bate por último na bola e banca o ofendido porque o lateral ficou pro outro time. Tem outros, do tipo que estragam a pelada porque não tocam a bola (os populares “fominhas”), ou os que não marcam ninguém, nunca, mas vivem reclamando se não recebem a bola. Isso para ficar em um exemplo somente, o da pelada com a galera. O que quero dizer é que, se o cara tem essas atitudes, são traços de personalidade que estão aparecendo na prática esportiva. Tem os que só querem levar vantagem, os que não aceitam perder, os que se julgam melhor que os outros, e por aí vai... Porém, de todos esses, os que mais me deixam estupefatos são os que não têm hombridade para assumir-se, mesmo tendo certeza e sabendo que são maldosos, agem de má fé, sabem que vão machucar e não se importam com as consequências disto. E tem uns quantos por aí. Em meus tempos de peladeiro volta e meia me deparava com um palhaço desses no campo. Sempre fui franco e direto, e quem me conhece sabe disso. Dava o aviso já na primeira: Se tentar fazer de novo não vai gostar da consequência. Antes que me julguem, aviso antecipadamente que nunca machuquei ninguém, e nem era (e não sou) afeito a revides. Mas penso que machucar alguém por simples inconsequência ou por maldade assumida mesmo é atitude repudiante, e pior que isso é não ter vergonha na cara e peito pra assumir. Isso me deixa indignado. Todo mundo viu, todo mundo presenciou e o elemento vem com discurso de que não era isso que quis fazer, que não fez por mal, pede desculpas e blábláblá. Mas vai se catar. Para de jogar bola. Vai procurar tratamento psicológico, marginal enrustido. E é exatamente isso que penso a respeito do colombiano Zuñiga. Obviamente, guardadas as proporções e diferenças entre uma partida de copa do mundo e uma pelada. Mas foi exatamente o que ele fez e está fazendo. Bateu sabendo que estava batendo e agora diz que não queria isso, que não fez por mal e coisa e tal. Quebrou um e poderia ter quebrado outro anteriormente, quando deu com a sola da chuteira no joelho, sem visar a bola. Lugar de marginal é na cadeia e não no campo de futebol. E, pra piorar, o próprio elemento ficou meses afastado por lesão, por pouco não fica fora da copa e faz um papelão desses? Tratamento psicológico amigo. Intenso! E punição, justa e de acordo com o mal cometido. Não gosto desse tipo de atleta, que bate e acha que isso é correto ou bate e quer fazer todo mundo acreditar que não bateu. Isso é falta de caráter e de vergonha na cara. Por isso não gosto do Dinho, não gosto do Ruan, não gosto do Zanetti, do Heinze, do Marcelinho Carioca, do Richarlyson, do Danrlei, do Fabrício e de vários outros. Jogador de futebol é referência pra criançada, é exemplo pra juventude, tem que ter consciência, no mínimo. Só que isso pode ser querer demais... Enfim, lugar de bater em alguém é no ringue, no octógono, no tatame e lugares do gênero, onde o adversário tá lá disposto a tomar pancada. Só que lá é pra cara durão de verdade, porque vai ter revide, sempre que o oponente puder e conseguir!

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