sexta-feira, 17 de julho de 2020

Difíceis?

Por escolhas de caminhos
Os caminhos me convém
As duras penas impostas
Impetram saudades de alguém

Essa falta que me encima
O olhar perdido no céu
Não demonstram a mente
Vagando tipo vento ao léu

Procuram na mirada longa
Talvez uma silhueta difusa
Dessas que vão formando
Devagar, uma imagem obtusa

São longos tempos de dor
Para uma passagem diversa
O tempo coloca sua cor
Quando a saudade dispersa

Seria somente miragem?
Do vil e arguto olhar
Onde se forma uma imagem
Sem nem ao menos firmar?

Desnuda o véu disforme
Pela involuntária piscada
E faz parecer enorme
Qualquer simples olhada

Olhares matreiros do acontecer
Aprendem não confundir
Paisagens do entardecer
Com as visões de dormir

Somos ardis e quentes
No tato, e também no olhar
Por mais que sempre tentes
Há sempre que se cuidar

Surpresa é fugacidade
Na razão e na atitude
Por mais simplicidade
Pode ser que tudo mude

A imagem se faz plena
Com toda a nitidez
E nunca se condena
Quem age com sensatez

A silhueta toma forma
E a dúvida esvanece
Segue a antiga norma
Dizendo: Amigo, se apresse!

Há que canalizar energia
Para manter um sonho vivo
É como se fosse magia
Um acontecimento altivo

Oferecer também o oculto
Acima do que se visualiza
Pois sonhos de um adulto
A vida também avaliza

Querer nunca foi poder
Pra quem não acredita
É necessário transcender
N’alguma etapa proscrita

Difícil, sempre se mostrou
E nunca, jamais duvidamos
O que o tempo desafiou
Por homens, conquistamos!

Fazer as coisas acontecerem
Sem desculpa ou protelação
Pois vi muitos vencerem
Tantas lutas pela devoção

E assim se ver ladeado
Pelos brindes da vida
Que andam somente ao lado
De quem por agir, convida!

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