sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Que coisa...

Tchê, te conto! Eu sinto saudades dos meus amigos!
Pois é... Eu sinto! E veja que moro com alguns deles
E vejo muitos com freqüência, mas mesmo assim
Até desses tem dias que me vejo com saudades
Imaginem então os que fico tempos sem ver...
Saudade de sentar numa roda com eles, com tempo
Perder horas e horas com papos furados e sorrisos
Escutar e contar piadas bestas, histórias sem nexo
Criar hipóteses esdrúxulas, bolar contos infundados
Repetir trovas, rememorar cantorias, escutar um bom violão
Admirar o som da gaita, sentir o requebro do pandeiro
Tomar cerveja, beber whisky, provar caipira, degustar vinho.
Ficar ao redor do fogo de chão, Deixar o fogão à lenha fumegando
Com a chapa vermelha e as labaredas saindo pra fora
Colocar a churrasqueira pra fumacear, espetar bem no jeito
Observar as panelas fervendo, o cheiro envolvendo até a alma
Distribuir o baralho, jogar os dados, dividir as fichas
Procurar caneta, “achar” um papel, anotar resultados
Ligar o som alto, dançar conforme tiver vontade,
Soltar gritos, ficar aos pulos, dar muita risada, todo mundo
Sentir o que é ser livre, na íntegra, sem exceções
Assistir futebol na TV, em bando, uns torcendo, outros secando
Jogar uma sinuca no bar, bebericando algo “diferente”
Comer um xis no boteco, ou um pastel na maloca, coca acompanha.
Ir pro trabalho, distribuir cumprimentos, estar numa boa
Tocar a rotina de forma leve, salutar, despacito
Ouvir o telefone tocar, atender e valer à pena
Combinar um acampamento, um rodeio dos buenos
Fazer uma viagem de férias, ir pra praia, pro campo
Sempre bem acompanhado, ladeado de irmãos
Matear no alvorecer e na tardinha, com boa erva
Tanto em casa como fora, na cidade ou no campo
Na capital ou no interior, no centro ou na periferia
Ter, em cada momento, a cada situação da vida
Alguém junto, pra dividir, partilhar essas bênçãos
Sendo familiar ou não, que seja, ao menos um bom amigo!
E eu sou sortudo, agraciado, tenho dezenas desses!

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