segunda-feira, 28 de abril de 2014

Inocentes? Mas por favor...

Sinceramente, não é possível! Custo a acreditar! Na verdade, gostaria muito de não acreditar!
As distorções e tentativas de desqualificações de argumentos, fatos, provas, testemunhos e depoimentos que vem sofrendo o andamento do caso Bernardo são de causar náuseas e dor no estômago de pessoas leigas como eu.
Além de advogados que surgem de forma midiática, trabalhando com causas sabidamente perdidas, onde todos os fatos são claros e as testemunhas são oculares e sinceras, tentando fazer nome com isto, ainda há outros, que não sabem, não viram e não ouviram, estão alimentando seus “discursos” das mesmas notícias que os demais, porém tentam fazer disso seu alvo, atacando-as como se ali habitasse a mentira, que virá a ser descoberta por suas palavras e suas mãos com o terminar deste trabalho! E o pior, parabenizam os primeiramente descritos pelas "sábias palavras", e "belo trabalho"!
NOS POUPEM senhores advogados! É de sua profissão o ato da defesa, é de sua profissão o aceite de causas, porém é da decisão pessoal de cada profissional, de acordo com sua própria índole, caráter e consciência ir a favor ou contra, dizer sim ou não, de acordo com o cliente e o fato gerador do processo de quem lhe solicita os serviços, ou estou errado? O profissional de direito tem a obrigação de aceitar um caso seja ele de quem for e como for? Se sim, peço desculpas pela crítica e me proíbo de outras manifestações acerca do caso. Se não, bem, se não, tenho sinceras razões para crer que as maiores razões da aceitação de um caso assim são os ganhos. Ganhos monetários com cifras generosas, com certeza, e ganhos de imagem. Dessa imagem que a mídia oferta, dessa mesma imagem que estão criticando quando falam de seus agora clientes.
Sei muito bem que a mídia tem poder e meios para influenciar, direcionar, formar opiniões, distorcer situações e fatos. Tenho consciência de como isso pode ser realizado e procedido. Sei também que isso é feito diariamente, em todos os segmentos da comunicação. Mas sei também, por conhecer as cidades, por conhecer pessoas próximas, por conhecer um dos envolvidos, que até o momento, isso não foi feito.
Por favor senhores do direito, tudo que a mídia fez até agora foi divulgar, sem condenação ou absolvição de ninguém, sem indução de opinião pública, sem manipulação. Apenas tem demonstrado FATOS! Quem tem colocado a cara a tapa, quem tem se mostrado, saindo do anonimato por pura e simples indignação são pessoas simples, de bem. Anônimos que tem seu dia a dia simples e normal, trabalhando e lutando por um lugar ao sol. Estes tem apenas contado, descrito e narrado ocorridos, nada mais.
A surpresa da opinião pública está em outro fato. De existirem pessoas capazes de vir a público declarar que há inocentes envolvidos em um caso assim. Esse simples ato ofende. Nos chama de idiotas. Por favor, não nos tratem assim. Busquem brechas, criem argumentos, façam a defesa destes inclassificáveis seres se esta é sua vontade, mas não tentem nos convencer de que são inocentes. Nenhum deles. De forma alguma. Se assim fossem, seus nomes não estariam vinculados ao caso. Usem as leis, manipulem-nas como puderem e conseguirem para diminuir as penas, para livrar “de esta ou aquela” acusação, mas por favor, não para dizer que são inocentes! NUNCA!
Pode ser considerado inocente uma pessoa que sabida e conscientemente está levando, com seu próprio carro, com hora e data marcada, uma criança para ser morta, para receber em troca dinheiro?
Pode ser considerada inocente uma pessoa que premedita, planeja e executa a morte de uma criança? A mesma criança a qual tratou mal durante a maior parte do tempo em que tiveram convívio? A mesma criança que já tinha tentado asfixiar em outra oportunidade?
Pode ser considerada inocente uma pessoa que abre mão do próprio filho? Que deixa uma criança ao “Deus dará”, se escondendo atrás de uma posição social conferida por um diploma de uma profissão que remunera muitas vezes em demasia quem não merece, sendo essa criança seu próprio filho? Deixando essa criança sofrendo toda sorte de maus tratos, mesmo que não físicos, e para piorar, concorda e pactua com a situação?
Em minha humilde ignorância jurídica, digo que não! Não são inocentes, nenhum deles! Cada um tem sua parcela de culpa sim! Quem mais ou quem menos, os juízes ou o juiz irá decidir, mas são culpados! Minha torcida é para que vão a júri popular, mas isso pode ser sonho ou divagação minha, nem sei se isso é legalmente possível. Mas desejo isso de verdade!
Nem vou lembrar aqui minúcias do caso, pormenores sabidos e outros ocorridos, pois o competentíssimo trabalho da delegada que conduz a investigação e sua equipe já o estão fazendo.
Ficamos atentos ao trabalho dos juízes e promotores envolvidos, para que não cedam as pressões e manobras ardilosas tentadas pelos senhores do direito, defensores dos “inocentes acusados injustamente “. Que eles possam entender por força de seu próprio trabalho que seres assim não são dignos de defesa, embora a lei dê essa opção a quem por ela se interessa, mesmo que os ganhos envolvidos, aos seus próprios olhos (ou bolso) valham a pena.
Friso novamente: Não tentem nos fazer passar por idiotas, não nos insultem! Não há inocentes neste caso! Não mesmo!

1 comentários:

Darlan Luis disse...

Marcelo,

Parabéns pelo belíssimo texto e concordo em gênero, número e grau com tudo o que você escreveu.
Os advogados irão tentar persuadir a opinião pública, pois entendo que esse é o trabalho deles e alegarão que os envolvidos são inocentes.
Ficamos perplexos com isso, porém é Brasil.
Grande Abraço e novamente, parabéns pelo texto e pelo blog.