segunda-feira, 17 de junho de 2019

A possibilidade é real!

E o que seria? Se não apenas nós mesmos, nossas sombras, nossa luz, nosso ímpeto e nosso querer? Nada mais! O que nos move, reles mortais em eterna construção nesse plano, são nossos anseios e aspirações, os quais criamos e idealizamos baseados em nossas vivências e aprendizados, ou na ausência deles, visto que muitos não se prestam à tanto. Minhas vontades são muitas, tuas vontades são muitas. E muitas delas não se encontram e nem ecoam uma na outra. São distintas e distantes. Trazem consigo nossa bagagem existencial, nosso acumulado de alegrias e dissabores. Mas há as que convergem e se comunicam. E estas, bem, estas são o que fazem a magia acontecer. Estas movem nosso ímpeto de gratidão, e nos ensinam mansamente que agradecer é um ato quase que egoísta, assim como ajudar, pois faz melhor a quem age do que a quem recebe. Há que se agradecer pelos infortúnios, pelas quedas, pelas derrotas, pelos percalços, pelos tropeços. A dor é mestra! A dor ensina de forma contundente e retumbante. Marca tipo marca de ferro quente, que nunca mais se apaga ou se refaz. E as vontades convergentes nos dão de beber o néctar divino com sabor de serenidade. Nos oferecem o refresco límpido e amável da paz. São o brinde astral de tudo que se desenrolou por longas fases. São o alívio de penas duras que só o tempo tem o poder e a sabedoria suficiente para aliviar. São o suplantar de dores invisíveis aos olhos frenéticos das multidões que nada veem e tampouco se importam em perceber. São o recobrar do sorriso franco quando o véu da tristeza cai. São despertar para o colorido que sempre nos rodeou, mesmo quando tudo nos parecia cinza. São os sabores que nos visitam combatendo o insipidez instalada. São os aromas cativantes que nos retornam frente ao inodoro. São o tato apurado e sensível que nos permitimos utilizar quando assim nos é permitido. São os sons melodiosos e agradáveis ocupando o lugar do silêncio melancólico. É viver e rumar para a plenitude. Sentir, ser, doar, receber. É um fenômeno. E é positivo, embora extremamente doloroso. Porém, bem sabemos que só há conquista através de esforço. Só há vitória com entrega. Só podemos desfrutar quando batalhamos para ter, para chegar. E é nesse batida que vamos. Sem frouxar!
Há que se agradecer a cada momento. E caminhar reto, para que estes momentos tomem caminhos de uma constante, ou ao menos, tenham maior frequência. Parece simples, mas se chegar à esse ponto é um tremendo e tenebroso desafio! Como sempre digo: "Vamo" que "vamo", pois graças à Deus, tem quem olhe por nós!

3 comentários:

Rose Müller disse...

Adoro ler teus "escritos". Bj

Unknown disse...

Eu também ! ❤

Unknown disse...

Eu também ❤