quinta-feira, 9 de maio de 2024

Novidade? Nenhuma!

Novidade nenhuma. Nada que se possa entender como surpresa. Nada que já não se tenha visto anteriormente. Enquanto 70% do Rio Grande se debate para combater uma catástrofe, auxiliado pelo país inteiro, governantes nababos, como sempre, usam a tragédia para promoção pessoal e partidária. Sobrevoam em bando os locais, fazendo um turismo de tragédia revoltante. Até aí, nada de novidade, pois abutres vivem da carnificina alheia. Conta ainda, nesse indigesto cenário, o pagamento vultuoso, sorrateiro e silencioso, feito com dinheiro público, à setores midiáticos, para que mantenham o povo desinformado e iludido em relação a veracidade dos fatos.  Em que pese, e sejamos justos, temos também os produtores de desinformação e mentira, tanto a serviço de uns, quanto a desserviço de outros. Na prática e na íntegra, o que vemos e acompanhamos, é a burocracia do estado imperando e atrapalhando, pois, o estado, entendamos todos, são pessoas à frente de instituições, autarquias e repartições. E muitas dessas, pasmem, jamais receberam treinamento. E nesse momento, as ordens, orientações e conduções são transmitidas de forma atabalhoada, deixando todos perdidos. E nesse ínterim, o cumprimento de burocracias e seus afins muito mais dificulta e atrapalha que ajuda, pois traz morosidade e ineficiência aos processos e procedimentos. Justamente num momento que se urge ações rápidas, decisões velozes e atitudes eficazes. A “bateção de cabeça” chega a ser entendível até certo ponto, face ao tamanho e dimensão da tragédia vivida. Porém, convenhamos, há que se ter ao menos algumas poucas pessoas com discernimento e capacidade de gestão e operação nessas horas. Pessoas que poderiam destravar entregas em pontos de distribuição dos donativos. Outros que poderiam organizar e gerir pontos de acolhimento, evitando os abusos de menores e adolescentes que estão sendo relatados aos borbotões pelos voluntários. Também seria interessante um mínimo de segurança, pois há pessoas que relutam em deixar seus locais por conta da ação de vagabundos assumidos, que estão saqueando tudo o que podem (Palmas ao comando da BM que convocou seus veteranos). Também, se possível, a identificação e caça aos cyber criminosos, que se aproveitam da fragilidade do momento para roubar as doações realizadas via meios eletrônicos. E, claro, aos oportunistas de plantão, que aplicam golpes nos desesperados, como falsos resgates pagos. Todos esses tipos de crime ou delito, face ao momento que estão sendo praticados, poderiam ter suas penas fortemente maximizadas. Alguns comentam e perguntam sobre as Forças Armadas. Qual a atuação? Difícil comentar. Ainda carregam consigo um ar de soberba e arrogância baseado num passado longínquo, onde eram tidos, tratados e entendidos como superiores a sociedade civil, sendo que hoje em dia não conseguem fazer frente nem aos crimes comuns, quiçá ao organizado. Vide fatos recentes. Alguns comentam que não é da sua competência. Aí pergunto: E qual a utilidade dos mesmos, então? Se quando precisamos, não atuam? Falo sobre soberba e arrogância no sentido de que se entendem, até hoje, suficientes e se bastam por si. Duvidam? Ofereçam ajuda a qualquer militar. Da mais rasa a mais alta patente, e observem suas posturas e atitudes. Podem sim, e a meu humilde ver, devem, sair de seus redutos e fazer tudo que for possível para ajudar a população. Se farão tudo o que podem ou somente o “cumprimento de tabela”, é uma incógnita, pois, infelizmente, trabalham por destinação de recursos. Nossas polícias padecem pela falta de equipamentos necessários em quantidades suficientes, e em muitos casos, também da quantidade de profissionais capacitados para o tipo de serviço necessário para atuar na linha de frente. Duvidam? Pois lhes conto: Há policiais que não sabem nadar meus amigos. E não é de seu dever diário saber isso. Salvo bombeiros e salva-vidas. Simples assim. Isto posto, de forma bem resumida, temos o já batido, porém sincero e verdadeiro “é o povo pelo povo”. Vemos a sociedade civil fortemente mobilizada. Não só nas áreas atingidas e arredores, mas no Rio Grande do Sul inteiro, e também em muitos locais País afora. Doando, organizando, coletando, entregando, distribuindo. Mais que isso, vemos pessoas “comuns” atuando fortemente na linha de frente. Literalmente “botando o peito n’água” e fazendo acontecer. E as críticas? Bem, essas sempre irão acontecer e fazem parte do mundo atual, onde qualquer pessoa tem voz, devido ao advento da internet. Ainda fico com minha forma de pensar, que é melhor ser criticado por fazer algo do que receber críticas por não fazer nada. Por isso digo, que esses empresários, essas personalidades, esses famosos que estão fazendo algo, sigam assim, que usem as críticas para se fortalecerem em suas missões e propósitos, e com isso sigam adiante cada vez melhores, pois a palavra direciona, mas o exemplo ensina e perpetua! Que bom meus senhores, que temos pessoas como vocês em nosso meio, que podem, fazem, ensinam e dão exemplo! Me refiro a todos, indistintamente. Aos daqui e aos de fora, aos de perto e aos de longe! Somos e seremos gratos longamente pelo auxílio prestado! E aos “invisíveis”, como eu, que não buscam holofotes e nem confetes, sigamos firmes, ainda há e haverá muitos milhares de pessoas que precisam desse pouco que fazemos, para retomarem e seguirem suas vidas depois que a água baixar. Mais que ser comovente e causar arrepios, essas atitudes e ações são inspiradoras, motivadoras e exemplares. Sim, servem e servirão de exemplos por muito tempo. Não só para os que estão próximos, vendo, presenciando, mas também para os que se inspiram e se motivam ao saber e acompanhar de longe as ações. A fórmula é essa moçada. Fazer! Arremangar, colocar a mão na massa e fazer acontecer! Antes de mais nada, se ninguém disser palavra, seja para o bem ou para o mal, sabemos de certeza que quem necessita ver e entender, está acompanhando de perto! Sim, Deus tá vendo. E não precisamos que mais ninguém veja. Já diz o provérbio budista que a caridade é uma ação quase egoísta, pois faz tão bem a quem faz quanto a quem à recebe! Seguimos! Cada dia mais fortes e unidos! O Rio Grande é mais forte com todos juntos!

0 comentários: