terça-feira, 8 de julho de 2008

Sede de letras

Que coisa doida essa vontade. Vontade louca, sede de palavras. "Tu bebes?"
E lá vai ela cavocar nas entrelinhas do cotidiano, de dentro e de fora de si, um mote qualquer pra transformar em linhas, parágrafos, frase. Poderia falar do sentido de amizades verdadeiras, depois de um reencontro feliz, de mensagens honestas e sensíveis, de amigas que não se vêem, mas se sentem.

Poderia falar dessa força do sentir, que rompe barreiras de distância, de tempo, de coisas quaisquer, quando é verdadeiramente real dentro de alguéns. Poderia falar, por outro lado, da saudade. Da distância entre almas que se aproximam no subjetivo, nas sensações, mas que a distância real deixa quilômetros de tristeza nos olhares que não se encontram mais.

Poderia falar do destino, que cruzou caminhos e que agora os faz distantes. Que a fez feliz quando colocou pérolas na sua vida, mas foi impiedoso ao afastá-las quando parecia haver ainda tanto por viver. Pode, ainda, falar disso, disso que ainda há, desse amanhã que há de reservar esses reencontros, ou outras surpresas felizes. Ela é otimista, e crê na possibilidade de ter por perto os sorrisos que outrora coloriam seus dias. Aliás, esse otimismo a faz crer em tantas coisas...

Poderia, quem sabe, discorrer sobre isso... sobre esse jeito leve, ainda que não descompromissado, de levar adiante os compromissos, as tarefas, as coisas menos e mais prazerosas da vida. Não há nuvem cinza que a impeça de enxergar detalhes que fazem de cada segundo, um instante especial. Não há mágoa momentânea que lhe impeça de sorrir, numa alegria que sempre dura mais que o tempo que uma lágrima leva para molhar o rosto por tristeza. Não há tempo para elas... para as tais tristezas. Porque ela acha que o tempo de vida é precioso demais para passar triste, para virar um passado que se quer esquecer.

Antes do esquecimento, quem sabe tudo isso vire uma poesia, já que a sede, insaciável, persiste mesmo depois do rascunho de um texto despretensioso, que saiu da vontade de escrever sobre o que escrever. Um soneto, uma ode, prosa poética qualquer... quartetos e tercetos que vão ficar pra depois.

1 comentários:

Anônimo disse...

Seja qual for a distancia eu vou sempre levar vcs comigo...querendo vcs mais perto e sonhando com os nosso sempre perfeitos reencontros...

te amo, Preta!!saudades infinitas...