sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Movimentando

As dores que sentimos são a resposta da vida em movimento. São o pulsar do mundo escorrendo pelos nossos poros. São a prova viva da busca pelo que queremos. Se o corpo dói, a mente descansa. Se a mente pulsa, o corpo movimenta. Se a mente movimenta, o corpo agradece. Exercitar faz parte do bem viver e da saúde. Se não plena, muito próxima à isso. É assim que se mantém o equilíbrio entre a faina acelerada e a paz interior. Se equipara a correria imposta pelos avanços da sociedade e a capacidade infinda do ser humano. O exercício físico é a válvula necessária para extravasar. Extravasar tudo. Dores, angústias, mazelas, dissabores, incômodos, desconfortos, desencontros, problemas, percalços, tudo! O esforço corporal por opção deliberada e individual tem essa magia, de nos deixar em paz interior e nos traz o benefício de moldar o corpo. Os que se impõem essa rotina mentalmente controversa, porém altamente compensatória, colhem todos os benefícios no dia a dia. Exercício físico só tem positividades. Só traz coisas boas. Não há porque não ser adepto. Embora a mente seja contrária e busque o conforto e quietude, aqueles momentos de movimentação equilibrada são agradecidos por ela mesma, tão logo se finde o exercício. Curioso não? Se nega, mas logo após saúda. Saúda porque sabe do sem fim de benefícios que ocorrem. Músculos em dia. Elasticidade em dia. Metabolismo em dia. Toxinas liberadas. Calorias perdidas. Hormônios ativados. Sensação de bem estar inigualável. Mente sossegada. Corpo trabalhado. Caminhe, corra, tanto ao ar livre quanto numa esteira, puxe peso dentro de sua capacidade, vá ao crossfit, faça aeróbica, nade onde for possível em plausível, pratique ioga, vá ao pilates, faça funcional, pedale, vá ao parque numa academia ao ar livre. Tanto faz, mas não se entregue ao sedentarismo. Não deixe seu corpo, suas fibras e seus tecidos definharem pouco a pouco, a fim de ter uma velhice sofrida pelas dores, incômodos e limitações de um desregramento pensado. Se não consegue hoje, passe a mentalizar já, para logo colocar em prática a ideia. Não pense muito, pois é exatamente o que precisa para não fazer. Apenas faça! Comece e não pare! Em poucos dias sentirá o benefício e se perguntará silenciosamente “porque não comecei antes?” E assim vamos, exercitando a mente, exercitando o corpo, exercitando o convívio e a convivência! E sendo saudados e beneficiados pelos exercícios que nos impomos a executar continuamente! Como nos dizem os especialistas e entendidos do assunto: A chave é a constância! Não adianta querer fazer tudo em pouco tempo. O correto é fazer um pouco de cada vez, um pouco a cada dia, mantendo a rotina do exercício! É isso! Vamos que vamos!

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

O Meu Mate

 

Eu e meu fiel e sempre companheiro e parceiro de longas horas, de vastos pensamentos, de infinitas ideias e longas jornadas bebendo a solitude. Sempre juntos, libertos ao campo, rodeado de natureza e seus belos nuances, ou mesmo fechados em redomas de quatro paredes, sempre temos assunto, sempre temos motivos para mais. Por longos períodos, converteu momentos que seriam de melancolia em situações de paz. Modificou datas que trariam memórias indesejadas para lindas recordações. Alterou o curso de atitudes reprováveis, fazendo com que se tornassem lindas lembranças de momentos ternos. Amparou lágrimas, muitas. Se fez ombro amigo, acalentando o pranto de quem muito tinha a lamentar. Aconselhou energicamente, com a maestria do silêncio, como poucos fazem. Invariavelmente, diz muito, sem qualquer pronúncia. É um verdadeiro sábio, como bem canta a música. Não tem rosto, não tem semblante, nem tez. Mesmo assim, sua silhueta é viva, sua voz é audível e seu tom tem o timbre que o momento precisa e procura. É conselheiro, é confidente, é instrutor, é amigo, é irmão. Sobretudo, é companheiro e parceiro inconteste de muitas alegrias e vários dissabores. Não recua, não esmorece, não abandona e nem se furta. Está sempre ali, sempre à mão! Traz um ensinamento antigo e valioso. E faz exatamente o contrário do mundo moderno. Proporciona conversas longas e felizes quando em pares ou grupos, e instiga a pensar e rememorar quando a sós! Este é o meu chimarrão! Me acompanha desde tempos. Tem um significado valioso e inconteste. Faz parte de mim, do meu dia a dia, da minha essência, do que sou e do que faço, não só pra mim, mas para os outros! Sabe mais de mim que qualquer outro ser vivo no planeta. Têm meus maiores segredos. Têm minhas maiores dores e angústias. Carrega minhas melhores alegrias. Guarda minhas mais autênticas e puras felicidades vividas! É como um guardião da existência. Está sempre pronto. Está sempre à postos! Não pede nada, não cobra nada. Apenas é! E assim se faz importante, impactante, imperioso! Guarda no mais profundo da sua alma, minha ancestralidade, meus anseios, meus apegos, minhas origens, minhas paixões e meus amores! A ti, meu amigo sincero e leal, minha mais profunda gratidão e reconhecimento por tudo! Que o Pai Maior siga nos proporcionando saúde para que esses momentos permaneçam acontecendo no decorrer da caminhada! E que assim seja!

 

 

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Retidão e constância

Dentre muitos ou entre tantos que pouco se importam com nada e com ninguém, escolher ser diferente para não ser indiferente traz suas consequências, suas mazelas, seus fardos e também suas dores. Ainda assim, é uma escolha consciente, regada de renúncias, abnegação, resignação e muita, mas muita paciência e força mental para lidar com ingratidão, indiferença, egos e vaidades exacerbados, entre outros “presentes” que o dia a dia nos impõe para testar e provar, ininterruptamente. Faz parte, nos ensinam os mais sábios e já calejados dessa “lida”. E é justamente por isso que nos mantemos na caminhada, firmes, convictos, com o norte de evolução constante, por menor que venha a ser, mas ainda assim, avançando nas áreas comportamentais, espirituais, emocionais e relacionais. Não é e nunca será algo fácil, simples ou reles. Muito pelo contrário. É difícil, complicado, cheio de provações dolorosas. Depende de nós fazer essa caminhada mais leve, mais prazerosa, menos dolorida, menos penosa, menos pesarosa. A forma? Não sei. Entendo não existir fórmula mágica para aplicar. O que tento fazer é buscar a compreensão a cada momento, fortalecendo assim a crença e firmeza de propósito, construindo e fortalecendo o caráter no dia a dia. As provações são inúmeras e ocorrem dos mais diversos modos. Amigos, conhecidos, colegas, parceiros de negócios, companheiros de atividades, familiares, enfim, a cada pouco surge uma situação que nos coloca em cheque, tecendo uma teia fina e tênue entre o certo e o mais fácil. Para que avaliemos sempre as opções sob o prisma da decência e da retidão moral, ou não. A vida, sempre nos prova. Em especial através de nossa senil e pútrida sociedade, que é mestra em tentar nos pregar peças, buscando desqualificar nossas atitudes pregressas e atuais. Questão é não se abater, manter a firmeza e postura, sem dar abertura ou possibilidade para que estes se criem ou se encham de razão. Críticas, censuras, ataques destrutivos, entre outros, sempre ocorreram sempre ocorrem e sempre ocorrerão. Sempre virão de todos os lados. E quanto mais imunes a eles nos mostremos e estivermos, pior ficam. Começam a vir de quem temos apreço, carinho, admiração. Enquanto elogios, palavras de incentivo e engrandecimento ocorrem a conta gotas. Saber disso é primordial. É essencial para podermos manter a mente leve, o coração limpo, a espinha ereta, o semblante tranquilo e seguir firmes no intento. Se dará sempre certo é uma incógnita perene. A questão é ter a consciência tranquila de estarmos fazendo nosso melhor nesse sentido diariamente, para que, a cada período ou tempo avaliado possamos ser e estar percebendo a evolução e o quanto podemos ser melhores que ontem. É a chamada constância! Cabe a nós a reflexão sincera e honesta, para cada olhar no espelho nos deixe a certeza de que vale à pena!

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Promessa paga!

Como prova de confiança extrema, por entender que é detentor de sabedoria suficiente para o momento e todo o cuidado que requer, além de acreditar piamente na capacidade de adquirir destreza e acumular experiência para manuseio, te entrego o artefato prometido. Cumpro minha promessa, feita há tempos. E me sinto feliz por podermos partilhar essa alegria. É o cultivo velado de um gosto que perpassa gerações. Mas sobretudo, não só por detenção de objetos e seus valores, te entrego sentimentos através da nossa vivência. Amor profundo e sincero, carinho intenso, admiração pela pessoa que vem se tornando e demonstrando dia após dia. Têm sido motivo de orgulho e alegrias diárias. Acima de ser inteligente e capaz, é um guri amado, querido, gentil, solidário e afável. Desejo que faça bom uso da faca, exatamente pelas qualidades que você possui. Saiba sempre, que faca não é arma. Faca é uma ferramenta que usamos para proporcionar bons momentos para nós e aqueles que nos rodeiam. Cortar carne, livrar uma amarra, apontar uma madeira, abrir uma embalagem ou invólucro, descascar uma fruta, falquejar um galho, picar um tempero, cortar uma corda. Seu uso têm como principal intuito, passar e proporcionar boas experiências, bons momentos, boas energias e bons presságios para todos a nossa volta e também para nós mesmos. Quando levar ela na cintura, tenha sempre isso como norte. Quando a empunhar, lembre disso. Esse é o sentido da existência. Ser bom, ser justo, útil e prestativo. Ser humano e correto. Tá no caminho, meu grande amigo. E no que depender de mim, seguirá. Conte comigo sempre filho. Te amo, meu guri!

terça-feira, 25 de junho de 2024

Baita! De novo!

Mais um pra contabilizar nos feitos de boas lembranças e boas energias. Um grande e glorioso dia, por assim dizer. À vistas grossas, não aconteceu nada demais, nada de extraordinário. Pra quem viveu o momento com a responsabilidade e a missão que carrega, o olhar é diferente. Preconizamos pelo bem estar deles. Fizemos por merecer a confiança desses anjos através de atitudes. Cuidado, zelo, amparo e muito, mas muito, constante e infindável diálogo. Não dá pra colocar a perder tudo. É inconcebível e inaceitável a ideia. E certo que jamais faríamos. Entendido e mais que isso, posto em prática. Dia iniciou com muita ansiedade dos pequenos em poderem brincar e interagir, pois nessa idade tudo é pra ontem, tudo é pra já. Se busca entretenimento e envolve-los em atividades que ocupem o tempo e os façam distrair e esquecer um pouco o assunto. Porém, a cada instante, a célebre pergunta: “Já dá pra eles virem?” Até que se esgota o repertório de ações e tarefas. Eis que vamos em busca dos primeiros. Junto a eles regressa uma fartura de guloseimas e lanches. Chegam e damos início ao churrasco. Aproveitamos o dia lindo de sol e inauguramos mais uma pequena parte do espaço externo, visando ver como é o uso e quais as melhorias e adequações que cabem ali. Comida simples, porém bem feita (eu acho). Enquanto asso a carne, pequenos se distraem, brincam, mesmo perto e com os olhos sempre atentos aos adultos, assim como os adultos ficam com os olhos ligados neles, visando cuidar e vigiar, como sempre. Dentro do possível para o momento, buscamos integrar eles às tarefas corriqueiras do dia. É um busca ali, um pega lá, um ajuda aqui, e vamos indo, gastando o tempo e mantendo eles ocupados e próximos a nós. Eis que dou a ideia de praticarem um tiro ao alvo, com o bodoque. Ideia bem aceita e de pronto implementada. Um sabe bem, outra sabe mais ou menos e um não sabe nada. Questão de minutos até todos se nivelarem e passarem a competir para ver quem se sai melhor. Mais uma das tantas coisas impressionantes da infância. A rapidez com que aprendem as coisas é assustadora. E nessa brincadeira ficam até a hora do almoço. Que de almoço tem pouco, mais é um petisco no estilo picadão, para não perderem tempo de brincar. Hehe Segue o domingo. Entre brincadeiras e pausas. Alternando os locais e tipos de entretenimento, a integração segue animada. O quarto elemento da trupe chega sem que eu perceba. Vou buscar as “moças” para andarem a cavalo e quando retorno ele havia chegado. Cheguei a levar um susto. “Veio de disco voador, cara?” Ele me responde com seu sorrisão característico e vêm me dar um abraço. Eles todos, a cada movimento, com os olhos buscando nos ver, nos mirar, nos observar. Estão de sentinela. Estão sedentos de curiosidade. Não é pra menos. Situação mexe com todos. Faz parte. Como responsáveis, jogamos aberto e de forma limpa com eles. A tarde segue. Aprumamos os tarecos e os animais para encilhar. Eles, na euforia da chegada de mais um pra engrossar a turma, nem dão bola. Após tudo certo, tudo pronto, pergunto em alto e bom som: “Quem vai andar primeiro?” Ninguém se acusa. Ninguém quer. Eles querem “caçar pombas” de bodoque. Elas resolvem andar comigo. E assim vamos, cada um com suas opções para o momento. Vamos cavalgando nós três, eles vão a pé, tentando “caçar pombas”. Após algumas voltas nossas e algumas tentativas frustradas de “caçada”, resolvem jogar futebol na grama. Como estão os quatro compenetrados e entretidos, resolvemos dar mais uma volta a cavalo. Vamos andando e conversando. Adoramos estar perto um do outro. Curtimos a cia. E não escondemos isso. Inclusive falamos exatamente isso pra todos eles. Percorremos breve distância, porém, saímos da vista. E assim, no retorno, pequenos protestam. Tudo dentro do esperado, tudo normal para a situação. Resolvido e explicado o caso, seguem se divertindo. Como a tardinha já se faz presente, entro para dar jeito na janta. Meia sessão banho, e a brincadeira segue. Jantam, arrumam tudo, e chega a hora do retorno. Todos espremidos no veículo. Todos felizes. Todos alegres e contentes. Ficam os gostos de “quero mais” em cada pequena memória. Ficam as ideias firmes nos pensamentos, dos afazeres para as próximas vezes. Em nós, se cultiva o sentimento de bem querer, de bem estar e de prazer na companhia. Em função de tudo isso, mais uma vez, podemos afirmar sem medo algum: Foi mais um baita domingo!

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Uma baita noite!

 Final de semana iniciou dentro de uma normalidade habitual. Nada demais, nada de menos. Tudo dentro do que se espera e se apresenta para a atualidade. Antes, já na quinta à noite uma conversa despretensiosa, normal, com participação dos implicados e presentes. Risadas e informalidades, sorrisos e aproximações. Rápido e passageiro como de costume. Na sexta à noite, um tempo para exercer a fé e seus desdobramentos. Momentos únicos, ímpares. Recarregar baterias e buscar ser uma pessoa, um ser humano melhor sempre, praticando a caridade e recebendo bênçãos! Ida conversando, batendo papo, descontraindo e ocupando o tempo com diálogo e trocas sinceras. Retorno cedo, dando continuidade às trocas, que se intensificam, satisfazem o anseio da presença e alimentam o coração. No sábado, faina forte, contorno de percalços sobressaídos de uma futilidade de ego de terceiros sem maiores explicações. Tudo normal e já aceito depois de tanto tempo. Eis que chega a noite com suas gratas surpresas. No inverno, anoitece cedo. E lá vamos nós, buscar ajuda para o penteado da filhota. Graças à Deus, há pessoas de bom coração e dispostas a fazer o bem entre nós (Gratidão meninas!)! Pessoal vai chegando, a aglomeração é grande. Eis que ela chega. Como sempre, deslumbrante! Cor vinho adornada de branco lhe cai bem! Cabelo trabalhado e maquiagem sutil realçam a naturalidade do semblante. Como costumeiramente nesse horário, estou no mate. Ofereço. Aceita. Conversamos rápida e despretensiosamente. Crianças são chamadas a forma, e lá se vão. Entro para o salão, a fim de esperar apresentação dos pitocos. De pronto, sou convocado a auxiliar nos trabalhos para servir o jantar. Após as lindas e entusiasmadas apresentações, a lida é forte. Casa cheia, lotação máxima! O cardápio é sempre farto, simples e apetitoso! É costume da casa! Povo vai sabendo que há fartura e é muito bem servido! Durante os trabalhos, enquanto ajudamos, alguns olhares e sorrisos trocados. Após, apresentação de atrações externas. Primeira aproximação. Quase involuntária, mas bem fluída. Tudo certo, tudo numa boa. Inicia o baile, faço o primeiro convite. Não sou de desistir. Me abanco ao lado, seguimos a conversa, entre prosas e risadas, um carinho, um toque de mão. Estamos em público, dentro da nossa sociedade, do local e comunidade ao qual fazemos parte. E daí? Nosso bem querer é recíproco. Somos livres e não temos nada a esconder. Os pitocos vêm na volta, conversam, batem papo junto. Como são dançarinos, se atracam no baile já de início. A noite se estende animada. Insisto no convite da dança e ele é aceito. Em década e meia de casa, estreio na polonese!  Minha mão quase gangrena dos apertos, mas tudo bem, tudo certo. Saímos todos vivos e felizes da pista. Apetece um trago, pois mesmo com a chuva que cai, a temperatura segue quente, principalmente se levarmos em conta a época do ano. Lá pelas tantas, com um incentivo dos pequenos, dançamos. Nos integramos ao fandango. A dança em si não sai como será futuramente, mas o estar perto, olho no olho, vale o esforço. Olhares curiosos de todos os lados do salão se direcionam. E alguns olhares de frustração também. Casal sensação. Seremos comentados até um próximo evento, ou surgir outro casal para chamar a atenção. Não é bom, mas faz parte. E tudo certo. No andar da noite, sentamos novamente. Filhos na volta, brincando, conversando, rindo. Entre um assunto e outro, no embalo da prosa, dançamos novamente. E é bom dançar. Crianças felizes em ver. Vamos embora todos juntos. Cada um na sua casa, cada um na sua. Não findará por aí, com certeza! Porém, podemos afirmar sem medo: Foi uma baita noite! Daquelas pra serem lembradas pra sempre!

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Um Baita Dia!

Domingo tem uma certa aura de “o que fazer?” Se não há programação pré-definida, qualquer programação pode cair bem. Se o dia contribui para isso, melhor. E nessa ideia, aliou-se a combinação de um bom dia com uma programação legal. Pensado em proporcionar bons momentos e tempo de qualidade para todos. E foi exatamente isso que ocorreu. De forma inusitada, permeada de acasos que se somaram e culminaram num dos melhores domingos dos últimos tempos. Uma mensagem despretensiosa, um sorriso visualizado, uma pergunta feita, uma resposta sincera, e tudo se encaminhou. Áudio surpresa, respostas no ato. Uma ponta de receio vencida pela insistência e ânimo. Num upa, tudo arrumado, tudo pego. Carona tratada. Conversas cruzadas no caminho, mas tudo certo. Atividades diversas desde a chegada, novidades pra todo lado. Tudo desperta curiosidade e traz certo receio, que logo é vencido por incentivos e explicações. As situações vão se desenvolvendo de forma natural, com maestria e garbo. Momentos lindos, vividos com muita intensidade e zelo. Mas acima de tudo, alegria, descontração, felicidade no ar. É o que conta, é o que vale, é o que fica no coração e na mente, construindo memórias afetivas e lembranças tenras! Ver o sorriso sincero dos pequenos não tem preço! Entender que se fazem amigos desde as mais primárias idades é saber que cativar e ser cativado transcende cronologias. Tudo contribuiu. Sol intenso, temperatura amena, ausência de maiores ventos. Andar a cavalo é, para crianças, um certo ápice de felicidade, de tão incomum e gostoso. Feliz de quem pode proporcionar momentos assim! Ver os peixes, andar ao redor do açude, provar cana-de-açúcar, conhecer bananeiras, correr pelo pomar. Jogar bola, brincar com os animais, conhecer tudo, se deliciar com a situação. Fazer “trilhas” pelo potreiro, brincar no galpão. O dia pedia atividades ao ar livre, com bastante agitação e movimento. Sobre, desce, corre, pula, joga, descobre, para, grita, aponta e ri. Rir muito, rir demais. Deixar a alegria e a felicidade fazer morada nos corações. Um dia para ser não só lembrado, mas celebrado e vivido novamente. Agora em seis e não somente em quatro. Um dia marcante. Os adultos? Alternam momentos de cuidado, zelo, exemplo e orientação com momentos de infância, se entregando a diversão e se integrando com a criançada! Vão levando e sendo levados. Claro que o carinho e o bem querer que sentem mutuamente precisa encontrar vazão. Mas sabem como poucos dar um jeito para isso, dentro das possibilidades que vão criando com calma e cuidado. Sem medo de errar e de ser feliz (Ou com ele! Hahaha)! O fim das contas, avaliando o caso e rememorando o dia, podem afirmar categoricamente: Foi um baita dia! Com o "plus" de ter deixado um gosto de quero mais e uma vontade imensa dos próximos! 

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Sorrateiramente...

Conta o guerreiro que foram momentos de vida que beiram a perfeição, chegando a ser mágicos e carregam consigo o poder de se transformar em memórias ternas e tenras, que se fixam na mente e retornam a retina num simples piscar de olhos. São os momentos que partilhou acompanhado da pessoa que mais quer, daquela pela qual ansiou tempos e pretende manter junto a si por toda existência e eternidade. E se materializou frente ao tempo justamente ali. Tudo que sonhou, tudo que quis. Realização. Presente dos céus, entendeu. E sim, a resposta dele é sim. Exatamente isso. Presente e realização. O porém existente é que esse momento surreal e incontestável se fez dicotômico. O levou, por força do momento e da situação que envolve, a lhe trair. Exato. Trair a si mesmo. Pela afã do momento, pela possibilidade que se apresentou, deixar de cumprir um objetivo maior, de tino pra vida. De início de caminhada. De apresentação de uma verdade sincera para quem tanto precisa. Como protetor tácito, guardião sincero e zelador dos sentimentos profundos e verdadeiros de seu mais antigo e primordial amor, jamais, em momento algum, poderia ceder aos próprios caprichos. Por maior e mais forte que fosse o desejo, a provocação. E por mais que tudo propiciasse essa cedência, sucumbir traz suas consequências. Obvia e invariavelmente, estas tendem a não ser as mais positivas possíveis. Falhou o guerreiro. Não cumpriu sua missão. Frente a um momento concreto de tentação, cedeu. Levado pelo seu sentimento de amor profundo, pela sua natureza de macho alfa, se deixou ludibriar pelas forças baixas que rondam fortemente e a todo instante seu amor e os que lhe rodeiam. Inconcebível para quem é sabedor de tudo que realmente sabe. Sentiu pela intuição. Visualizou na profundidade dos lindos olhos somente quando já era tarde. Teve que sentir o ardor da palavra lhe cortar a carne para se dar conta. E era tarde. Sua mente reverbera: Que fez guerreiro? Como pode deixar essas forças baixas passarem imperceptíveis? Mais que isso, como não se atinar do que estava ocorrendo? Inaceitável para si mesmo. Se abala ao analisar o fato. Sofre fortemente o guerreiro. Todos que batalham sofrem. Porém, por amor a dor é diferente. É profunda. Arde, lateja e esfola ao mesmo tempo. Ele sofre quieto, como lhe cabe sempre. Sente toda a dor que isso traz, recolhe as fortes e doloridas pancadas que as palavras lhe proferem, e se resigna. Vê, a olhos nus, as feridas sangrarem o já combalido coração, se ressente, e silencia. Sabe que remoer, debater, explanar pouco ou nada adianta. Se penitencia frente ao poder maior e suplica, em oração, que possa vir a ter oportunidade de reescrever as situações, pois sabe, que sua altivez e retidão moral não lhe permitirão errar duas vezes o mesmo erro. Jamais! Isso é burrice. É insensatez. Tem dentro de si a certeza que a dor ensina. A dor é mestre. Machuca, incomoda, mas deixa aprendizados que se perpetuam. Lição mais que aprendida. Embora desnecessária nesse momento da vida. Mas... também é sabedor que as baixas vibrações agem sorrateiramente, sem escrúpulos. Usam inclusive, as janelas do mais nobre sentimento para alcançarem seu intento. Estar alerta nesses momentos é o que se deve fazer. E sim, deixar de amar não é o caminho. Apenas cumprir as missões primeiro, deleitar-se depois. É a forma, é o caminho. E assim ter a bênção das entidades de luz nesses momentos, tornando-os ainda mais especiais, ainda mais valiosos, e através disso, perpetuá-los junto a existência! Levantar e seguir com as armas em punhos é o que precisa e deve fazer. E sabe disso! Avante guerreiro! Precisam da tua luta, precisam da tua proteção, do teu zelo, do teu cuidado e auxílio no caminho!

domingo, 12 de maio de 2024

Pra sempre nossas!

 Hoje é dia de celebrar importantes pessoas! Perto ou longe, próximas ou distantes! Importa que se use a data para refletir e maximizar. Antes de ser uma data a mais, é uma grande data. Não pelo sentido comercial moldado nefastamente no decorrer de décadas. E sim pela emotividade do sentimento contido e vivido por cada um em relação ao ser. Símbolos maiores da geração, proveem o mundo de amor incondicional, ternura infinda e carinho interminável. Seres vivos dotados pelos céus de delicadeza de pensamento e finesse de atos que culminam na "produção" de pessoas de bem, cidadãos capazes e indivíduos promissores. Nos fazem melhores pelos exemplos, nos tornam mais pelas orientações e nos conduzem pelo olhar acalentador. São sagradas aos nossos olhos. Mesmo que na maioria dos momentos não saibamos e nem conseguimos expressar, são. Sempre foram e sempre serão. Únicas, fato! E por isso mesmo, pela primariedade situacional e pela indissolubilidade da ligação, têm todo nosso afeto e contam com nosso mais puro e sincero amor! E mesmo que haja momentos que parece ingrato e distantes, é genuíno e honesto como poucos sentimentos são! Tenham a certeza absoluta de serem amadas, de contarem com a admiração dos seus e de possuírem espaço inconteste em nossos corações. Não são nossas por acaso! São por nossa escolha, e temos a plena e total certeza de que foi assertiva. Escolheriamos novamente sem medo! E outras tantas vezes mais. Nossa gratidão sincera por tudo! Mas principalmente por serem nossas! Nossas mães! Feliz dia! Imenso, fraterno e carinhoso beijo em cada uma

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Novidade? Nenhuma!

Novidade nenhuma. Nada que se possa entender como surpresa. Nada que já não se tenha visto anteriormente. Enquanto 70% do Rio Grande se debate para combater uma catástrofe, auxiliado pelo país inteiro, governantes nababos, como sempre, usam a tragédia para promoção pessoal e partidária. Sobrevoam em bando os locais, fazendo um turismo de tragédia revoltante. Até aí, nada de novidade, pois abutres vivem da carnificina alheia. Conta ainda, nesse indigesto cenário, o pagamento vultuoso, sorrateiro e silencioso, feito com dinheiro público, à setores midiáticos, para que mantenham o povo desinformado e iludido em relação a veracidade dos fatos.  Em que pese, e sejamos justos, temos também os produtores de desinformação e mentira, tanto a serviço de uns, quanto a desserviço de outros. Na prática e na íntegra, o que vemos e acompanhamos, é a burocracia do estado imperando e atrapalhando, pois, o estado, entendamos todos, são pessoas à frente de instituições, autarquias e repartições. E muitas dessas, pasmem, jamais receberam treinamento. E nesse momento, as ordens, orientações e conduções são transmitidas de forma atabalhoada, deixando todos perdidos. E nesse ínterim, o cumprimento de burocracias e seus afins muito mais dificulta e atrapalha que ajuda, pois traz morosidade e ineficiência aos processos e procedimentos. Justamente num momento que se urge ações rápidas, decisões velozes e atitudes eficazes. A “bateção de cabeça” chega a ser entendível até certo ponto, face ao tamanho e dimensão da tragédia vivida. Porém, convenhamos, há que se ter ao menos algumas poucas pessoas com discernimento e capacidade de gestão e operação nessas horas. Pessoas que poderiam destravar entregas em pontos de distribuição dos donativos. Outros que poderiam organizar e gerir pontos de acolhimento, evitando os abusos de menores e adolescentes que estão sendo relatados aos borbotões pelos voluntários. Também seria interessante um mínimo de segurança, pois há pessoas que relutam em deixar seus locais por conta da ação de vagabundos assumidos, que estão saqueando tudo o que podem (Palmas ao comando da BM que convocou seus veteranos). Também, se possível, a identificação e caça aos cyber criminosos, que se aproveitam da fragilidade do momento para roubar as doações realizadas via meios eletrônicos. E, claro, aos oportunistas de plantão, que aplicam golpes nos desesperados, como falsos resgates pagos. Todos esses tipos de crime ou delito, face ao momento que estão sendo praticados, poderiam ter suas penas fortemente maximizadas. Alguns comentam e perguntam sobre as Forças Armadas. Qual a atuação? Difícil comentar. Ainda carregam consigo um ar de soberba e arrogância baseado num passado longínquo, onde eram tidos, tratados e entendidos como superiores a sociedade civil, sendo que hoje em dia não conseguem fazer frente nem aos crimes comuns, quiçá ao organizado. Vide fatos recentes. Alguns comentam que não é da sua competência. Aí pergunto: E qual a utilidade dos mesmos, então? Se quando precisamos, não atuam? Falo sobre soberba e arrogância no sentido de que se entendem, até hoje, suficientes e se bastam por si. Duvidam? Ofereçam ajuda a qualquer militar. Da mais rasa a mais alta patente, e observem suas posturas e atitudes. Podem sim, e a meu humilde ver, devem, sair de seus redutos e fazer tudo que for possível para ajudar a população. Se farão tudo o que podem ou somente o “cumprimento de tabela”, é uma incógnita, pois, infelizmente, trabalham por destinação de recursos. Nossas polícias padecem pela falta de equipamentos necessários em quantidades suficientes, e em muitos casos, também da quantidade de profissionais capacitados para o tipo de serviço necessário para atuar na linha de frente. Duvidam? Pois lhes conto: Há policiais que não sabem nadar meus amigos. E não é de seu dever diário saber isso. Salvo bombeiros e salva-vidas. Simples assim. Isto posto, de forma bem resumida, temos o já batido, porém sincero e verdadeiro “é o povo pelo povo”. Vemos a sociedade civil fortemente mobilizada. Não só nas áreas atingidas e arredores, mas no Rio Grande do Sul inteiro, e também em muitos locais País afora. Doando, organizando, coletando, entregando, distribuindo. Mais que isso, vemos pessoas “comuns” atuando fortemente na linha de frente. Literalmente “botando o peito n’água” e fazendo acontecer. E as críticas? Bem, essas sempre irão acontecer e fazem parte do mundo atual, onde qualquer pessoa tem voz, devido ao advento da internet. Ainda fico com minha forma de pensar, que é melhor ser criticado por fazer algo do que receber críticas por não fazer nada. Por isso digo, que esses empresários, essas personalidades, esses famosos que estão fazendo algo, sigam assim, que usem as críticas para se fortalecerem em suas missões e propósitos, e com isso sigam adiante cada vez melhores, pois a palavra direciona, mas o exemplo ensina e perpetua! Que bom meus senhores, que temos pessoas como vocês em nosso meio, que podem, fazem, ensinam e dão exemplo! Me refiro a todos, indistintamente. Aos daqui e aos de fora, aos de perto e aos de longe! Somos e seremos gratos longamente pelo auxílio prestado! E aos “invisíveis”, como eu, que não buscam holofotes e nem confetes, sigamos firmes, ainda há e haverá muitos milhares de pessoas que precisam desse pouco que fazemos, para retomarem e seguirem suas vidas depois que a água baixar. Mais que ser comovente e causar arrepios, essas atitudes e ações são inspiradoras, motivadoras e exemplares. Sim, servem e servirão de exemplos por muito tempo. Não só para os que estão próximos, vendo, presenciando, mas também para os que se inspiram e se motivam ao saber e acompanhar de longe as ações. A fórmula é essa moçada. Fazer! Arremangar, colocar a mão na massa e fazer acontecer! Antes de mais nada, se ninguém disser palavra, seja para o bem ou para o mal, sabemos de certeza que quem necessita ver e entender, está acompanhando de perto! Sim, Deus tá vendo. E não precisamos que mais ninguém veja. Já diz o provérbio budista que a caridade é uma ação quase egoísta, pois faz tão bem a quem faz quanto a quem à recebe! Seguimos! Cada dia mais fortes e unidos! O Rio Grande é mais forte com todos juntos!

terça-feira, 16 de abril de 2024

Como faz?

Como você trata seus erros? Seus tropeços? Suas inconveniências? Suas agruras? Suas mazelas? Interioriza, assimila e trata como munício para aprendizado? Apenas sofre o momento, reflete e deixa assim? Nem um, nem outro? Tranquilo! Tenho pra mim que aprendizado não é o que nos acontece, e sim o que fazemos com o que nos acontece. São nossas formas de ver, viver, entender e agir com as situações e momentos e também depois delas. Tanto as boas como as ruins. Obviamente, temos a ingrata capacidade nata de avaliar imensamente mais, as ruins. É de nossa natureza humana. As boas são boas, guardamos na memória e volta e meia sentimos saudades. Já as desabonadoras não são tão passageiras, nem alvissareiras. Trazem consigo um gosto por vezes amargo, por vezes insosso. Dissabores, já diz o poeta. Marcas invisíveis que vão nos talhando ao decorrer da vida, moldando nosso ser, nossa conduta, nossa caminhada. Fato é que as situações desafiadoras nos fazem crescer, desde que nos importemos e desejemos isso. Há quem não esteja muito “a fim”, e há os que nem sabem o que está acontecendo e nem o que estão fazendo. São os ditos “fazendo peso no mundo”. Nada contra, mas noção e capricho, é de graça! E assim seguimos todos, a senda que buscamos. Horas alegres, horas tristes, horas de afinco, horas de imposição, e por aí vai. Entendo que não há uma vida feliz, nem uma vida triste. O que há são momentos, de uma ordem e de outra, que nos fazem reverberar na memória as situações passadas. São os ditos filmes da retina, que se apresentam conforme ocorrem as ativações dos sistemas cerebrais. E claro, lembrar de coisas boas é muitíssimo mais prazeroso que de coisas ruins (óbvio). Porém, as ruins ficam mais firmes no pensamento, pois nos trouxeram dores, desalentos, desapontamentos, decepções. E isso, por consequência, fica conosco, caso não as tratemos. Há que se “lamber as feridas”, dar tempo ao tempo, fazer cicatrizar por dentro e seguir adiante. Ficar remoendo não ajuda, embora seja normal por alguns instantes e momentos. Mas transcender é necessário para a vida seguir seu curso. E é isso que esperam e desejam de nós, que sigamos. Adiante, aprendendo, evoluindo, sendo melhores que nossas versões anteriores. Os nossos, os que são por nós, os que nos querem bem. Os outros? Bem os outros são só os outros, e que pensam e desejam diz respeito a eles mesmos. Simples assim! Então, vamos lá! Cabeça no lugar, pés no chão, e rumando! Voltar atrás só para pegar impulso, diz um amigo meu. E é por aí!

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Julgando

A todo instante, a todo momento, somos julgados por ser quem somos. A cada segundo, estamos à mercê de avaliações de toda sorte, de todos tipos. Isso é comum e corriqueiro me nossas sociedades. Não deveria, mas é assim que ocorre. Os dedos convivem em riste ininterrupto, apontando tudo e todos, pra todo lado. Inclusive, em momentos que não estamos de vigília, fizemos também. Naqueles momentos em que baixamos a guarda na vigilância dos pensamentos, lá vamos nós para a vala comum dos julgadores. E esses julgamentos são implacáveis, são diretos e definitivos naqueles instantes. Têm o dom de decretar a verdade verdadeira do que imaginamos ser e ocorrer. Horrível, para dizer pouco sobre o caso. Os que mais julgam e sentenciam, são os que menos sabem e conhecem, tanto da vida quanto da pessoa que apontam. E é assim, invariavelmente. Pegam um momento, um recorte do tempo, uma passagem de vida ou uma ação e sentenciam de imediato, sem saber nada do antes e nem do depois. Em muitos casos, não sabem nem do durante, apenas pensam que sabem pelo que viram. Não se prestam nem a analisar se o ângulo, a forma ou o que viram é realmente o que entenderam. Paciência e espiritualização, é só o que resta para essas situações. E claro, uma boa dose de fé, para que um dia, Deus e seus feitores perdoem esse tipo de atitude. É brabo. É complicado. Mas é assim. Nada e nem ninguém está a salvo, muito menos livre das línguas afiadas e pensamentos obtusos sobre a vida de outrem. Coisas mundanas, dirão os mais elevados. Concordo, porém, nada pode nos fazer achar normal, certo ou legal conviver e viver ao lado de pessoas assim. Nos momentos que resvalamos nos maus pensamentos e atitudes, podemos também ter a humildade de reconhecer e voltar atrás, nos desculpar, primeiramente conosco mesmo, por ceder aos más influências, tanto de pensamentos como de comportamento, e depois com a pessoa, fato ou situação alvo. Exercício primário para podermos evoluir e ir adiante na escalada da vida, tentando ser melhores pessoas e entes sociais. Não estamos livres e não somos melhores que ninguém. Apenas tentamos ser melhores que nós mesmos, e dessa forma sermos melhores para os outros, para os que nos rodeiam e conosco convivem. Não sei se essa é a receita, e nem sei se existe receita, mas é a forma como vejo o caso. Única ressalva, é que há que se permitir entender que estamos julgando, não apenas “falando”, como muitos usam de desculpa para autodefesa. E, caso tenha acontecido entre eu e você, te peço imensas desculpas e sincero perdão pela atitude. Da mesma maneira que cuido e zelo para que jamais volte a fazer. Digo isso por saber e ter vivido situações onde não só fui julgado, como também fui sentenciado sem nem saber o porquê de tudo. Depois, passado tempo, fiquei sabendo e entendi que tudo se originou porque eu apenas fui e segui sendo eu mesmo, enquanto esperavam, idealizavam e projetavam outro. Bem complicado. Pior ainda por saber que jamais fiz ou desejei mal a alguém, jamais faltei, jamais fiz pouco, jamais deixei a desejar, jamais deixei de lutar, jamais deixei de batalhar. Sempre dei a cara à tapa e sempre assumi o que me tocou. Em alguns casos, até mais do que deveria. Jamais deixei “a peteca cair”. Fosse o que fosse, fosse no que fosse, eu estava ali, e sigo estando. Eu não fujo, eu não desisto, eu não paro e não abandono. Eu fui e sigo sendo forjado pela "templa" antiga. Com muita fé, amor de sobra, e trabalho árduo e incessante, tanto para prover quanto para lapidar a si mesmo e quem de nós depende. Aprendi a ser homem por inteiro, não só quando convém. E mesmo assim os julgamentos ocorrem. Como sempre digo, Deus tá vendo, e isso basta! A esses ávidos julgadores, peço apenas que o Pai Maior os ilumine, permitindo olharem para dentro de si. E se não for essa a sua vontade, que vocês ao menos possam orar por nós, para que possamos ser tão bons quanto vocês imaginam ser. E se caso nada disso for possível, seguimos. Em outra oportunidade, quem sabe, consigamos todos rever nossos comportamentos. Muita luz à todos!

quarta-feira, 20 de março de 2024

Horizonte da vida

Quando se desnuda no horizonte

Clarão de um novo dia a vingar

Silvos e cantos o silêncio a recortar

Fazendo graça com o vento no reponte

 

O alvorecer, muitos encantos nos oferece

Bênçãos divinas atendendo nossa prece

É a história que tece capítulos solitários

Anotando a vida em seu invisível diário!

 

A vida oscila mansa, os dias e noites

Em seus recortes temporais exatos

E faz de cada um seu próprio relato

Para lembrar os feitos em seus açoites

 

Transcorre o tempo, as épocas mudam

Emulamos a vida, em sutis recomeços

Somos sempre nossos próprios endereços

Pois todos os momentos nos transmutam

 

As marcas conosco ficam, jamais se apagam

Fazem por nos identificar, nos apresentam

No nosso viver, com maestria se assentam

E por serem nossas, únicas, jamais nos largam

 

Resta saber delas tirar aprendizado

Vivermos livres, felizes, completos

De realizações e afetos, repletos

Entendo o caminho e ritmo do bailado

 

Pois o destino de todos é amar e ser feliz

Por mais dificuldades que se apresente

Um dia, todas ficam pra trás, realmente

É o que o Grande Sábio sempre nos diz!

quinta-feira, 14 de março de 2024

Flor Morena

 Hoje seria aniversário. Escutaria sua voz firme, doce e tranquila como sua personalidade. Receberia as felicitações feliz e levemente comovida, sorrindo plena e altiva, como sempre foi. Sempre a defini com uma só palavra: Amor. Vi, vivi e presenciei poucas pessoas praticarem o amor em atos e gestos como ela. Seu jeito único, dotado de firmeza, impregnado de abnegação sincera em tudo que fazia eram não só um exemplo, eram também contagiantes. Pessoa ímpar, que não só deixou um vazio pela ausência após partir, como também deixou uma lacuna difícil de ser preenchida, devido a sua grandeza como pessoa. Faz falta. Faz muita falta. São os ciclos da vida, bem sabemos. Nos toca aceitar e compreender. Esse aceite fica mais completo quando junto a compreensão, o coroamos de entendimento de seus exemplos diários de cuidado com todos, de doação do próprio tempo em prol de outrem. Talvez isso possa nos demonstrar ainda, o tamanho e profundeza da sabedoria que continha e colocava em prática. Era sensacional. Se colocava nos ambientes de forma definitiva. Literalmente, definia. Não titubeava. Era do tipo “pá-pum!” Sem muita “lenga-lenga”, como ela mesma dizia. Hahaha. Reunia a família com maestria e alegria. Participava, incluía. Agitava e mexia com o povo. Tinha não só o ímpeto de guerreira. Tinha tudo. Combateu as asperezas da vida sempre de peito aberto, sem recuar e sem se entregar para os medos e receios. Venceu todos os obstáculos que a vida lhe colocou no caminho. Batalhou sozinha a incessante guerra da existência durante muito tempo. Sempre a pra sempre, um grande exemplo pra todos nós! Nos resta, diante de tudo, a certeza de que hoje, esteja onde estiver, está bem, está em paz, com coração e alma leves e tranquilos, desfrutando das benesses de amor, cuidado, zelo e carinho que tanto plantou enquanto aqui esteve. Aqui seguimos, levando adiante o legado que nos ensinou e deixou. Espalhando amor em gestos, ações e palavras, como sempre fez! E com a imensa vantagem de ter alguém com tanta luz a olhar por nós! Feliz “cumple”, flor morena!  

Descanso tranquilo

Nos mais vazios dias vividos

Estoura o peito a ausência

Pra quem tem na essência

Sentimentos bem resolvidos

 

Mão do tempo, espalmando

Gesto simples a questionar

Parecendo mesmo se preocupar

Que fazes, solito, andando?

 

Deveria saber ele, de tudo

Entender as simples escolhas

Assim como quedam as folhas

O destino, golpeia topetudo

 

A cada mate bem sorvido

Aventa ideias de esvoaçar

Emalar poncho, gauderiar

Mas há compromisso assumido

 

Ganhar léguas, estradear

Vai ficando pra mais adiante

Embora ninguém garante

Que adiante, cá vamos estar

 

Nos resta hoje, aqui e agora

Para viver, ser, sentir, estar

Tocando, tenteando onde rumar

Sabendo como se revigora

 

É a vida, sem nenhum rascunho

Cobrando mansamente o legado

De quem já chegou destinado

A viver da força do próprio punho

 

E assim sucedem nossos dias

Buscando conforto na solitude

Entendo a vida e sua face rude

Pra quem se nega à covardia

 

Mais dura se torna a rotina

Mais forte o açoite arde

Do descansar sem alarde

De uma consciência tranquila

domingo, 10 de março de 2024

Sempre há motivo

O amor não nasce de graça

Nasce antes de cruzar o olhar

Pois olhando fundo sem mirar

O espírito achega e entrelaça

 

Ao mirar a fundo teu olhar sutil

Nossas almas se reconhecem

Os pensamentos se aquecem

Coração dispara, bate a mil

 

Te ouço falar meu nome

Incrédulo, desacredito

Teria mesmo dito?

Dos ouvidos matado a fome?

 

Muito tempo ainda irá passar

Regar a semente, ver surgir

Palavras amealhar, redarguir

Testemunhar ações, verificar

 

Por certo, poderemos pensar

Apaixonar, queimar, arder

Sem razão alguma nos conter

Estarmos livres para amar

 

E com estupenda força surge

Sentimento maior, abrangente

Que deixa sempre saliente

A linda face que a vida urge

 

Amor verdadeiro, correspondido

No olhar, no tocar, no sentir

De momentos tantos por vir

A dois, pra sempre, desmedido

sexta-feira, 8 de março de 2024

Gateada Tentação

 


Pela linha do tempo, que nunca se apresenta reta

O destino, teimoso e ladino, vem nos surpreender

Escrevendo sutis fatos, perdido num entardecer

Enriquecendo, marcando e deixando a alma completa

 

Por escolha, quis o destino, que se faça só

E só, os acontecimentos trazem seu regozijo

Pois bem como nos salientava em versos, Don Clavijo:

Na vida, melhor curandeiro dos tombos, é o próprio pó

 

Levantando da mangueira, pelo tendéu, faz esquecer

Esvoaçando da estrada, a constância faz repensar

Rebojando pelo galpão, o aconchego faz descansar

Repousando num corredor, a tropeada ajuda a engrandecer

 

E assim fez mais uma de suas surpresas buenaças

Desembarcando nas casas, pingo de fundamento

Daqueles que se dá valor, com todo consentimento

Pois Tentação é gateada, desenhada e das mais lindaças

 

Surpreende positivamente pela sua enorme mansidão

Apresenta temperamento tranquilo e calmo, genuíno

Daqueles que dificilmente se encontra num equino

E traz ainda uma estupenda e total vaqueira aptidão

 

Vem garbosa pra cancha, sai no brete bem à passo

Corre como poucos, procurando a rês e murchando orelha

Faz o serviço ficar mais fácil, e a cancha mais parelha

Vem repontando com graça e se ajeitando pro tiro do laço

 

Vez por outra, gaviona na invernada, faz parte da vida

Mas entrega a cabeça pro buçal, e vem cabresteando

Pois gosta do serviço, e sabe o que faz, campereando

Não se apavora, tem presteza e gosta da lida

 

Foi domada com total perícia e extrema delicadeza

Deixando pronta pro serviço, atendendo o comando

Obedecendo a perna e o freio, nunca refugando

Pra não precisar sentir, da roseta, a aspereza

 

Presteza, rusticidade, índole, temperamento

Esses são os pingos que definem, boa criação

Apresentam além de bom porte, garbo e função

Entregando ao mundo, animais de fundamento

 

Assim se procede em criatórios vitoriosos

Sempre apresentando animais prontos, de ponta

E há tempos, Augusto Pestana nos conta

Que a Cabanha Sede Velha, só larga vistosos

 

Na estiva, campo e lida terminam o apronte com calma

Empregando com paciência, no seu ritmo, rusticidade

Agregando valor ao que já vem pronto, pela tipicidade

Ficou bem lapidada, pingaço de campo e alma!

segunda-feira, 4 de março de 2024

Me emocionei



Era hora do mate, da calmaria, de sossegar o garrão. Guri estreava no rodeio, pela primeira vez indo e ficando dois dias ali, envolvido, envolto. Aprendendo, perguntando, tendo curiosidade sobre tudo. Bem normal, bem dentro do esperado. Além de ser esperto, é de uma índole e comportamento admiráveis. Achou logo um lugar diferente pra observar melhor tudo o que acontecia. Subiu no caminhão boiadeiro e sentou para ver tudo de cima, ampliar a visão. “aqui de cima dá pra ver mais longe e melhor”, disse ele. Não se sentiu confiante para laçar. Deixei à vontade. Quando quiser, que vá! Me juntei a ele no fim de tarde, depois de atirar umas armadas, experimentar a égua e sentir confiança no pingo, me restou tratar bem, banhar, oferecer água pra debelar o calor insuportável e alimentar a contento a parelha. Conversávamos, ali, em cima do caminhão, ele empolgado, me relatando os fatos vivenciados no dia, me perguntando as dúvidas que iam surgindo, e comentando sobre os acontecidos. Era hora da ave-maria do rodeio. Momento sempre ímpar, diga-se de passagem. Narrador mandou bem, extraindo emoção e deixando boas palavras para o público. Nesse momento, estávamos um tanto distantes, muito devido ao calor intenso. Ao prestar atenção nas palavras ditas ao microfone, me aproximo dele, abraço e beijo, como sempre, porém, devido ao momento em si, me emociono, me engasgo, lacrimejo. E pra minha surpresa, com ele ocorre o mesmo. Momento sutil, porém único e marcante. Como bem disse meu amigo Felipe de Freitas, a correria e os problemas do dia a dia são tantos, que nos esquecemos de visualizar e entender as bênçãos que temos diariamente. Parabéns Felipe! Sou fã do teu trabalho e tu é sabedor disso. Grande e forte abraço irmão! Me tocou em um momento importante pra mim. Por força de diversos fatores, nunca tinha tido a companhia do meu filho num rodeio. Tive nesse, e graças à Deus, foi tudo lindo. Foi tudo espetacular. Pra mim, foi uma daquelas memórias que jamais se apagarão. Como qualquer Pai, ver a empolgação do filho pelas atividades que amamos e trazemos arraigados em nosso ser é indescritível. É inebriante. Voltei pra casa com as melhores sensações possíveis. Meu coração ecoa gratidão e amor. Eu gosto de rodeio, há décadas. E não é só pelo laço, pois sou o tal do perna de pau na laçada, embora goste bastante de correr boi. É por toda atmosfera que se cria. Estar entre amigos, estar junto da família, conhecer e firmar parcerias, sempre com bom humor, ouvindo música, dando risadas, lidando com bóia e assado. Sai caro, mas é recompensador. Se bem que caro, é perder um filho pra outras tantas coisas que não prestam. Caro, é ter que lidar com doença, que além de esvaziar o bolso, seca a energia e vivacidade. Caro, é comprar remédio. Caro, é ter a vida esvaziada, sem sentido. O restante corremos atrás e damos jeito aos poucos. E vamos indo. Gratidão sincera a vida, aos nossos orixás e guias, por tudo que tem nos proporcionado, por tudo que tem nos brindado. Que continuemos a fazer por merecer essas bênçãos. Só nos faz bem. Só nos engrandece, só nos deixa cada dia mais gratos, felizes e completos. Vamos por mais! Sempre!

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Bom dia sim!


E porque não seria um bom dia? Chuva é indício de renovação. Irriga o solo, emerge a planta, brota esperança. Sossega o corpo, aquieta o pensamento, aguça a mente. O "parar" nem sempre é parada. Pode ser somente uma leve pausa na correria para se dedicar ao planejar, preparar, aprender. Tornar a própria correria mais leve, mais produtiva, mais assertiva. Com uma visão dessas pela janela "do escritório", a sensação de esforço esvanece e deixa lugar para o regozijo. Enquanto se internalizam aprendizados e se conferem os feitos, a paz e a tranquilidade, aliada a beleza e naturalidade da cena acariciam a alma e massageiam o coração! Bom dia! Com bastante chuva, meus queridos!

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Ferimentos e curas

 

Em que sentido ou situação visões de outros lhe ferem ou lhe abalam? Quais os pormenores que necessitam ser minados para uma situação assim se desenhar? Onde, como, porque, e de que maneira os vieses devem ser encontrados? Bem... Pra mim, a visão distorcida e eivada de visões secundárias, ainda mais distorcidas acerca do que fazemos e como fazemos, é uma dessas formas. Me fere. Machuca. Dá-se jeito, obviamente, mas ficam as cicatrizes. Olhares imperfeitos todos temos. Ninguém é imune a isso. Porém, no momento que te definem ou te balizam longe daquilo que você é, algo totalmente diferente do que traz arraigado no teu ser, do que permeia tua essência, acaba por ferir. Nada mortal, nada trágico, mas profundo. Não fere o que chamamos de orgulho ou de ego. Fere nosso caráter, nossa personalidade. E isso é entristecedor. Cabe, talvez, olharmos para dentro e tentar buscar quais motivos demos para essa visão se formar na retina e na mente das pessoas. Quais atitudes tivemos, quais palavras usamos, quais gestos utilizamos, qual foi o comportamento que adotamos. Complicado. Difícil. Desafiador. E, claro, pior ainda, bem pior, quando esse apontamento ou visão parte dos “do dia a dia”, onde realmente somos nós mesmos, sem reservas ou receios. Nos damos a liberdade de mostrar nossa personalidade de maneira livre, sincera e honesta. E em dado momento, nos dão esse retorno, nos taxando de maneira incisiva e abrupta, sem ao menos podermos entender motivos... Fazer o que. Vida que segue. Tempo não para, não diminui ritmo, não espera por ninguém, todos sabemos. Talvez caiba reavaliar muita coisa. Talvez seja o alerta que precisamos, mesmo sem saber, que a vida está dando sinal para seguir adiante, e não estamos tendo a capacidade de ver e vivenciar. Só mais um entre tantos já curados. Só mais um inserido de forma gratuita e aleatória. Só mais um a ser curado debaixo da armadura. Já foram tantos, que mais um é tirado de letra. E claro, o aprendizado se sobressai. Sempre fica, sempre nos engrandece nos enobrece. Por fim, resta agradecer pela oportunidade de aprender algo, não só com a situação, mas também com as pessoas. Sempre nos mostram e apontam para onde e como ir. Gratidão universo!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

As maduras merecem

Amar mulheres maduras não é tarefa simples. Nem é coisa para meninos. Menos ainda para homens imaturos ou com sede de prolongar a juventude. Amar uma mulher dessas, é assumir na íntegra todas as suas adjacências, tudo o que lhe compõe. Aceitar seus compromissos, entender suas rotinas, estar pronto para auxiliar suas correrias, se fazer presente quando suas dores afloram. Não é compromisso para guri assumir. É para homem! Entender, compreender, aceitar e se integrar como parte ativa da vida dela é necessário muita hombridade, muita entrega, muita abnegação. É necessário amor de verdade, desses que só quem sabe dar amor, se doar por amor, é capaz.  Fazer essa mulher se sentir amada é ter força, sabedoria e luz para acomodar todos os corações envolvidos, cada um com seu sentimento, cada um com seus interesses, gostos e rotinas atribuladas, e ainda assim, estar feliz, tranquilo, sereno e completo. Ajustar a rotina para conviver com seus filhos, de maneira harmoniosa e salutar, desenvolvendo amizade, construindo confiança e respeito. Aceitar sua família, com os defeitos, as particularidades, os pormenores e as ações de convívio existentes. E claro, entender, e compreender todo o seu caminho e convivência prefaciada por suas escolhas anteriores, incluindo os ex e toda a celeuma, impropérios, entraves e incomodações que isso traz. Só amor real, desses vividos pela verdade pode arcar com tudo isso. Só amor maduro e verdadeiro tem essa força e consistência, para aceitar, se ajustar e fazê-lo crescer diariamente. O resto é utopia e tem prazo de validade. Se não houver a plena ciência disso, e total aceitação dos fatos tais como são, tchau e bênção! Segue o rumo que não é pra ti. Nem em sonho. Mulheres assim, que tocam suas vidas e comandam rotinas requerem, por força dessa própria rotina, um homem que venha para somar em suas vidas, que seja inteiramente seu, de corpo, alma, coração, pensamentos, gestos e ações. Que lhes traga algo bom, algo positivo. Que divida o peso da rotina, que diminua os fardos, que torne menos penoso o caminhar. Homem que chegue e diga: Vem comigo que eu te ajudo. Vem comigo que eu te cuido. Vem comigo que eu te protejo. Vem comigo que ajudo a prover. Que saiba que antes disso tudo exposto acima, existem os medos, as inseguranças, os receios, as vontades, as manias e os traços de personalidade dela própria. Ela precisa de um homem de verdade, que lhe proporcione ser a mulher de verdade que é. Essa mulher que perdeu-se debaixo da poeira do tempo, vivendo a rotina dos outros, sendo somente pelos outros, esquecendo que dentro de si habita um ser de luz, uma pessoa iluminada, um ser gigante, capaz de uma infinidade de coisas boas e magníficas. Requer um homem que lhe veja além dos atributos corpóreos. Que veja sua essência, que compreenda sua alma, que veja sua luz e lhe ajude a brilhar. Ela precisa de um homem que lhe estenda a mão, segure firme, lhe olhe nos olhos, e sem dizer mais nada, ela sinta confiança, sinta segurança e perceba todo o seu amor. Homem que aja, mansa e diariamente, sem grandes arroubos, para o caminhar a dois ser formoso, belo e incessante. Homem que diga Eu Te Amo diariamente, sem falar nada. Sem proferir palavra. Sem sequer olhar. Apenas agindo, apenas sendo ele, ao natural, sem forçar ou fantasiar. Homem que saiba amar. Homem que saiba ser amor, puro e genuíno. Homem que saiba o valor de cada “Eu Te Amo”, para quando dizer e ouvir, entenda o quão generosa a vida é, por proporcionar momentos assim. É isso que essa mulher merece e anseia. Amor de verdade, de homem de verdade. Antes de mais nada, AMOR! Depois de tudo, AMOR! Entre um e outro, AMOR! De HOMEM!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Refletindo...

Este texto foi escrito à punho, lá no longíquo inverno de 2005, em uma das tantas noites de junção no ap do Gabi e da Ui (sempre!), num momento de vida de muito questionamento, dúvida, busca por espaço e principalmente, de afirmação pessoal e profissional. No entanto, segue atual e verdadeiro, por isso está aqui.

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Refletindo

É... é no mínimo interessante observar e se chegar a conclusão de como nosso passado influi em nosso presente e nos ajuda a visualizar e mentalizar como queremos nosso futuro. Muitas vezes necessitamos (ou simplesmente acontece) relembrar o que de bom temos ao nosso redor, o porque hoje assim estamos, rever como estávamos e vislumbrar como queremos estar logo adiante. Gostosos convívios, amizades sinceras, relacionamentos verdadeiros, e , acima de tudo, família! Essa sim, elemento único na vida de um ser, lugar onde aprendemos aquilo que somos, expoente de nós mesmos, espelho, razão, justiça, afago, moral, caráter, valores, tudo! Simplesmente ninho! Ali somos feitos, ali somos educados, ali somos nós! Dali saímos para o mundo, carregando tudo o que vivenciamos e aprendemos. Cedo ou tarde, são esses valores que estaremos passando adiante, demonstrando, mostrando, oferecendo. Quem planta bondade, colhe ela mesma. Já quem planta avareza, colhe, entre outras, rancor. Boas pessoas, é isso que queremos pra nós, pois assim somos, ou, na pior das hipóteses, assim queremos ser. De nada adianta o convívio se dele não pudermos tirar bons proveitos, tanto seja a um, ou a outro, pois é oferecendo ou doando que se recebe de volta. Se um dia não tiveres nada a ofertar a alguém, ofereça um sorriso, uma palavra, um olhar “olho-no-olho”, e receberá de volta, mesmo que não no mesmo instante, mas receberá. E assim será, tudo que faças de bom, sempre retornará, de uma forma ou de outra, pois desde que o mundo é mundo a humanidade age assim. Se não souberes ser desta forma, aprenda. Cabe a cada um a tarefa de fazer sua parte para que o mundo se torne melhor. Não deixe de fazer a sua, e lembre-se sempre que assim como você, outros podem pensar da mesma forma, e se muitos deixarem sua parte de lado, mesmo que alguns a façam, a tarefa não irá se completar nunca. Olhe a vida de frente, encare-a, mas tenha bom humor, não deixe que pequenas coisas o afetem. Se algo não aconteceu como você planejava, não quer dizer que deu errado, apenas havia outra forma de se suceder. Lembre-se de quem você deixou torcendo por você mesmo. Já imaginou se essas pessoas trocarem de opção e passarem a “secar”? Tenha certeza de qu tudo que se passa na vida vale a pena, por pior que seja a situação, desde que aprendemos algo com isso. E vale a pena porque temos alguém por quem viver. Temos família!!!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Dolores

 Hay dolores em mi alma, canta o intérprete. E não tem como ser mais assertivo.Viver dói. Não viver dói também. Escolhas doem. Não escolher também. A vida é assim. Dói por A e dói por B. Porém podemos fazer as dores serem atenuadas. Aceitar as escolhas que não são nossas. Aceitar os caminhos que não nos levam. Entender que nem todos desafiam-se. Entender que nem todos espantam seus fantasmas. Compreender que nem todos encaram suas sombras pra jogarem luz nelas. Resignar-se sob os olhares e pontos de vista dos outros. Pode doer, pode não doer. Questão particular, pessoal e intrínseca. É totalmente de cada um. Tem o peso que lhes damos, consciente ou inconscientemente. Se está doendo, é para que possamos aprender a lição. A dor é a maior mestra que existe. Ensina rápido e seu aprendizado perdura. Resta-nos compreender, avaliar, internalizar e levar conosco, a fim de não repetir. Se erro ou não, não sabemos. A vida mostrará. Amar e ser verdadeiro nunca é e nunca será errado. Mesma coisa com ser emocionado e intenso. Uns se assustam, outros se apegam. O que pode incorrer em erro é a forma de fazer e conduzir, nada mais. Fato é, que somos como somos. Nossas individualidades existem e importam. Pra nós e pros outros. Assim como nossa palavra importa pra uns, e não faz diferença pra outros. Questão deles. Está fora do nosso controle, da nossa gestão. Seguimos, com a dor doendo, o aprendizado sendo internalizado e compreendido, e os pensamentos e sentimentos se assentando em seus devidos lugares. Pegamos o ano que recém emerge, repaginamos a caminhada e reestruturamos nosso viver. Logo a vida demonstra seus porquês e motivos. Arriba y adelante, sempre!